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São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2003

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OUTRO LADO

Defesa desqualifica dedução da PF e critica auto de apreensão

DA REPORTAGEM LOCAL

A advogada Carla Domenico, que cuida da defesa de João Carlos da Rocha Mattos junto com Alberto Toron, diz que "não faz sentido" a hipótese a Polícia Federal de que a ausência de assinatura em sentenças do juiz seriam um indício de que o teor da decisão seria comercializado.
"O simples fato de as sentenças estarem lá não significam nada", afirma Domenico.
Ela argumenta que nem dá para confiar na informação que consta no auto de apreensão da Polícia Federal de que havia sentenças sem assinatura no escritório do empresário Wagner Rocha: "Não vi as sentenças e por isso não vou me manifestar sem ver o original do documento".
A advogada diz que os autos de apreensão da PF não são confiáveis, já que encontrou neles "erros gritantes". Um trecho do documento sobre as apreensões no apartamento do juiz, segundo ela, repete literalmente informações que constavam do auto do empresário Sérgio Chiamarelli Jr.
Na análise dela, o erro é tão primário que consta do auto de Rocha Mattos um passaporte vencido de Chiamarelli Jr., que aparece entre os bens apreendidos na casa do empresário. Na resposta que encaminhou à Justiça, Toron e Domenico argumentam que a PF usou, equivocadamente, o recurso de computador "copia e cola" para produzir essa repetição.
O advogado de Wagner Rocha, Célio Benevides de Carvalho, afirma que prefere não se pronunciar sobre as sentenças sem assinatura apreendidas no escritório do empresário. Ela alega que seria um desrespeito à Justiça, já que a ação transita em segredo.


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