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OUTRO LADO
Defesa desqualifica dedução da PF e critica auto de apreensão
DA REPORTAGEM LOCAL
A advogada Carla Domenico,
que cuida da defesa de João Carlos da Rocha Mattos junto com
Alberto Toron, diz que "não faz
sentido" a hipótese a Polícia Federal de que a ausência de assinatura
em sentenças do juiz seriam um
indício de que o teor da decisão
seria comercializado.
"O simples fato de as sentenças
estarem lá não significam nada",
afirma Domenico.
Ela argumenta que nem dá para
confiar na informação que consta
no auto de apreensão da Polícia
Federal de que havia sentenças
sem assinatura no escritório do
empresário Wagner Rocha: "Não
vi as sentenças e por isso não vou
me manifestar sem ver o original
do documento".
A advogada diz que os autos de
apreensão da PF não são confiáveis, já que encontrou neles "erros
gritantes". Um trecho do documento sobre as apreensões no
apartamento do juiz, segundo ela,
repete literalmente informações
que constavam do auto do empresário Sérgio Chiamarelli Jr.
Na análise dela, o erro é tão primário que consta do auto de Rocha Mattos um passaporte vencido de Chiamarelli Jr., que aparece
entre os bens apreendidos na casa
do empresário. Na resposta que
encaminhou à Justiça, Toron e
Domenico argumentam que a PF
usou, equivocadamente, o recurso de computador "copia e cola"
para produzir essa repetição.
O advogado de Wagner Rocha,
Célio Benevides de Carvalho, afirma que prefere não se pronunciar
sobre as sentenças sem assinatura
apreendidas no escritório do empresário. Ela alega que seria um
desrespeito à Justiça, já que a ação
transita em segredo.
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