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Peritos usam alta tecnologia, mas precisam de jegue
DA REPORTAGEM LOCAL
Na busca de fraudes em
obras públicas, os peritos federais do país vivem entre a
facilidade do uso de equipamentos de alta tecnologia e
trabalhos de campo muitas
vezes em condições precárias de transporte, hospedagem e alimentação.
Os profissionais contam
com trenas a laser, um "scanner" de ambientes, radares e
aparelhos topográficos com
GPS e acesso à internet -que
possibilitam a transmissão
em tempo real dos dados coletados em campo.
Porém, em locais inóspitos, os peritos são obrigados
a recorrer ao conhecimento
dos sertanejos para saber,
por exemplo, como vencer
trilhas no lombo de jumentos, afirma Joseane de Souza,
chefe do Sepema (Serviço de
Perícias de Engenharia e
Meio Ambiente) da PF.
O perito Laércio Silva Filho passou por uma situação
como essa em 2008, quando
foi designado para analisar
poços de abastecimento no
semiárido do Estado do
Piauí. "Foi gratificante encontrar um poço abandonado em uma vila que já não
existia, em lugar desconhecido entre os próprios moradores da pequena cidade",
conta o perito.
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