da Reportagem Local

O prefeito Celso Pitta (PTN) menosprezou a declaração do vereador Natalício Bezerra (PTB) de que votaria a favor da abertura do processo de impeachment: "Os trabalhos da comissão especial (formada por sete vereadores) nem sequer começaram".
"Os documentos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) vão ser esmiuçados pela comissão e, se há predisposição contra ou a favor, será a análise dos documentos que vai referendar essa predisposição", disse Pitta.
Ao fazer a afirmação, Pitta quis dizer que a opinião de Natalício Bezerra poderá ser revertida.
Anteontem, o vereador petebista votou em Brasil Vita (PPB) para relator do processo e Wadih Mutran (PPB) para presidente. Os dois apóiam Pitta na Câmara.
Pitta disse que não pretende influir na decisão da comissão: "Minha tranquilidade reside no fato de não haver justificativa para o pedido do impeachment".
E disse que o Executivo "está à disposição" para dar esclarecimentos.
Pitta também negou que esteja se aconselhando com o ex-senador Gilberto Miranda ou com seu irmão, Egberto Baptista, mas confirmou que se encontrou com Gilberto Miranda cerca de 15 dias atrás, antes de prestar depoimento na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado.
"Nos encontramos quando fui a Brasília para que ele me ajudasse a rememorar alguns dados sobre os precatórios", disse o prefeito.
Vereadores da base de apoio ao prefeito na Câmara suspeitam de que a divulgação de uma lista apócrifa na qual sete vereadores são acusados de receber mesadas da prefeitura para votar projetos de interesse de Pitta teria sido sugerida a Pitta por Gilberto Miranda e Egberto Baptista. A divulgação da lista teria o objetivo de "fritar" o secretário do Governo, Carlos Augusto Meinberg.
"Não há nenhum aconselhamento com o ex-senador. Há um conselho político que me assessora, formado por secretários da prefeitura", disse o prefeito.


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