|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUNCIONALISMO
Subteto não afeta quem ganha mais que o limite
Comissão aprova mais uma brecha no projeto do novo teto
da Sucursal de Brasília
O projeto que fixa o teto salarial
do serviço público em R$ 11.500
foi aprovado na comissão especial
da Câmara com mais uma brecha:
servidores estaduais ou municipais com vencimentos dentro do
limite nacional não terão seus salários reduzidos pelo subteto dos
Estados e municípios.
Esse projeto de emenda constitucional foi enviado ao Congresso
depois de acordo do governo federal com os governadores para
reduzir gastos públicos nos Estados. A intenção era limitar os salários dos servidores públicos e as
aposentadorias.
O projeto foi aprovado ontem
por 19 votos favoráveis e 6 contrários. A comissão só votou o texto
básico. Na próxima semana, serão votadas as propostas de alteração do projeto, os chamados
DVSs (Destaques para Votação
em Separado).
O texto foi aprovado ontem
porque o PFL desistiu de vincular
a votação do teto à votação do salário mínimo. "O PFL deixou passar. Vamos resolver tudo no plenário", afirmou o deputado José
Carlos Aleluia (PFL-BA), integrante da comissão especial.
Pelo texto, servidores públicos
estaduais, municipais e do Distrito Federal, ativos e inativos, poderão ganhar mais do que o subteto
desde que seus vencimentos não
excedam o teto nacional de R$
11.500 -que, na realidade, pode
chegar a R$ 23 mil com acúmulo
de aposentadoria.
"Os governadores não poderão
reduzir os salários, que era exatamente o que eles queriam", afirmou Geraldo Magela (PT-DF),
que apresentou proposta para tirar esse dispositivo do texto.
O relator do projeto, Vicente
Arruda (PSDB-CE), disse que colocou a ressalva no texto por "receio de que os governadores reduzissem drasticamente seus
vencimentos e achatassem os salários dos servidores".
O projeto fixa como limite para
os servidores estaduais e municipais os vencimentos dos governadores. O PT quer mudar esse dispositivo e fixar como limite os salários dos desembargadores.
Texto Anterior: Salário: Mínimo dá e ainda sobra, diz Malan Próximo Texto: Responsabilidade fiscal: Acordo reduz punição para governantes Índice
|