|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SAIBA MAIS
Governo americano também restringe inspeções de armas
DA REDAÇÃO
Os EUA também impõem
restrições a inspeções de organismos multilaterais de controle de armamentos. O governo
americano já foi criticado pelo
diplomata brasileiro José Maurício Bustani por não permitir
inspeções amplas em possíveis
instalações de produção de armas químicas.
Em abril de 2002, o diplomata foi destituído da direção geral da Opaq (Organização para
a Proscrição das Armas Químicas) pelos EUA. Questionado
pela Folha, em agosto daquele
ano, sobre que tipo de exigências os americanos faziam à organização, respondeu:
"Queriam impor como verdade a percepção de que eles
são confiáveis o bastante para
impedir reais inspeções no território deles. A filosofia deles é:
"Quem precisa de controle são
os outros'".
Segundo Bustani, o motivo
que leva os americanos a dificultar inspeções é o mesmo alegado pelo governo brasileiro
no caso do equipamento de ultracentrifugação de Resende:
proteção de segredo industrial.
"Os EUA e outros países industriais têm uma grande preocupação, que acho legítima, com
inspeções industriais. Temem
vazamento de algum segredo
industrial. Eventualmente algum inspetor pode vir a ter
acesso a algum segredo", disse
o diplomata em abril de 2002,
ainda como diretor da Opaq.
Texto Anterior: Falta de verbas atrasa produção de urânio enriquecido, diz comissão Próximo Texto: Energia política: Brasil reage e diz que pressão por inspeção é "inaceitável" Índice
|