São Paulo, terça-feira, 06 de abril de 2004

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Governo americano também restringe inspeções de armas

DA REDAÇÃO

Os EUA também impõem restrições a inspeções de organismos multilaterais de controle de armamentos. O governo americano já foi criticado pelo diplomata brasileiro José Maurício Bustani por não permitir inspeções amplas em possíveis instalações de produção de armas químicas.
Em abril de 2002, o diplomata foi destituído da direção geral da Opaq (Organização para a Proscrição das Armas Químicas) pelos EUA. Questionado pela Folha, em agosto daquele ano, sobre que tipo de exigências os americanos faziam à organização, respondeu:
"Queriam impor como verdade a percepção de que eles são confiáveis o bastante para impedir reais inspeções no território deles. A filosofia deles é: "Quem precisa de controle são os outros'".
Segundo Bustani, o motivo que leva os americanos a dificultar inspeções é o mesmo alegado pelo governo brasileiro no caso do equipamento de ultracentrifugação de Resende: proteção de segredo industrial. "Os EUA e outros países industriais têm uma grande preocupação, que acho legítima, com inspeções industriais. Temem vazamento de algum segredo industrial. Eventualmente algum inspetor pode vir a ter acesso a algum segredo", disse o diplomata em abril de 2002, ainda como diretor da Opaq.


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