DA REPORTAGEM LOCAL

Recebido como o principal candidato ao Planalto no 4º Congresso Nacional da Força Sindical, Ciro Gomes teve de encarar as declarações de o que o presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, será o seu vice, apesar de afirmar que o nome ainda não foi definido.
O PPS fechou em maio aliança com o PTB, do qual Paulinho faz parte. Desde então, os petebistas tentam viabilizar o nome do líder sindical à vice-presidência na chapa. Ciro, por sua vez, tenta postergar a decisão, apesar da boa relação que tem com o líder sindical. "É a reafirmação de uma amizade antiga. Mas a questão de vice não é agora que será resolvida", disse o pré-candidato.
Em cima do palanque, falando para mais de 5.000 pessoas, Paulinho apresentou Ciro como futuro presidente, que foi então ovacionado pelos sindicalistas.
A Folha apurou que o PPS não está certo do nome de Paulinho como vice. O ideal seria que o sindicalista ficasse com um cargo no governo eleito, como o Ministério do Trabalho.
Ainda assim, o presidente do PTB, José Carlos Martinez, aproveitou para apresentar Paulinho como o vice-presidente. "Ficaríamos muito felizes com este paranaense como vice-presidente."
No encontro da executiva nacional, já havia sintomas da polêmica, com os petebistas afirmando que o nome do vice era de Paulinho, e integrantes do PPS dizendo que nada estava resolvido.
"Um dos melhores nomes que temos é Paulinho. De qualquer forma ele estará no governo conosco", afirmou o deputado federal João Herrmann (PPS-SP).
O PPS caminha agora para uma coligação com o PDT de Leonel Brizola. Por meio de Brizola, o partido busca uma unidade com o governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB) em 2002.


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