DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

O ministro José Dirceu (Casa Civil) afirmou ontem que há um "preconceito de classe" contra os movimentos sociais e, por isso, suas ações teriam tanta repercussão na sociedade, ao contrário de ameaças de paralisação de prefeitos e protestos de policiais militares.
"Quando é ocupação de sem-teto, parece que o mundo vai acabar. Envolve um preconceito de classe. Isso tem um nome, é o pobre. Traz a consciência da dramaticidade da situação do Brasil, a herança que recebemos nos últimos 50 anos. Traz o medo", afirmou a petistas durante encontro ontem, em Brasília.
Dirceu comparou as invasões de terras e prédios públicos à ameaça de greve de prefeitos, que reclamam da queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios. Ele também citou a invasão de terrenos no Distrito Federal por PMs.
Para o ministro, a dimensão dada às ações tem um componente político. "Imagina se fosse no Acre, em Mato Grosso do Sul, em São Paulo, ou em qualquer prefeitura nossa. Era manchete", disse ele, em referência aos policiais do DF.
"Podem parar 2.000 prefeituras e parece que não está acontecendo nada no país, mas é uma coisa gravíssima", disse ele. (FK)


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