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Com 16 deputados estaduais, PMN tem a maior bancada em Alagoas
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
Em pouco mais de um ano, o
PMN (Partido da Mobilização
Nacional), que tinha só um deputado na Assembléia Legislativa de Alagoas, passou a ter a
maior bancada do Estado. Dos
27 deputados estaduais de Alagoas, 16 estão atualmente no
PMN, sendo que nenhum foi
eleito pela sigla.
A migração de parlamentares
para o PMN se deu a partir de
junho de 2005, puxada pela filiação do presidente da Assembléia, Celso Luiz, que até então
estava no PSB.
O objetivo do deputado, na
época, era viabilizar sua candidatura ao governo estadual
-ele avaliava que não teria espaço para isso no PSB. Celso
Luiz diz que outros deputados
migraram para o PMN atraídos
por seu "projeto político".
"O pessoal achava que tinha
mais chance de se reeleger se
estivessem todos juntos", disse.
Celso Luiz acabou se lançando candidato a vice-governador
na chapa de João Lyra (PTB).
"Vi que o PMN não tinha estrutura para ter candidato e fizemos uma aliança com o João
Lyra", afirmou ele.
Cláusula de barreira
"Ele [Celso Luiz] era o presidente da Assembléia e conquistou a amizade e a confiança dos
colegas. Na época, precisava de
uma sigla para levar à frente
seu projeto de ser candidato ao
governo", disse o secretário-geral do PMN de Alagoas, Ildo Rafael, que cedeu a presidência da
sigla a Celso Luiz.
Segundo a secretária-geral
do PMN, Telma Ribeiro dos
Santos, os novos filiados se
comprometeram a lançar o deputado estadual Francisco Tenório (ex-PPS) -considerado
um nome forte- à Câmara.
A votação para deputado federal é o critério que irá balizar
o cumprimento da cláusula de
barreira pelos partidos. A regra
estabelece que partidos com
votação inferior a 5% do eleitorado do país percam acesso à
maior parte dos recursos do
Fundo Partidário e tenham
restringido o acesso a programas gratuitos de rádio e TV.
Aumento
No final do ano, os deputados
do PMN ajudaram a aprovar
um aumento de R$ 5 milhões
para R$ 20 milhões nos recursos destinados a emendas individuais no Orçamento.
Para o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), de quem Celso
Luiz era aliado até se aproximar de Lyra, inicialmente houve o bloco quis fazer oposição.
"Se aliaram a uma pessoa
[Lyra] que nega o nosso governo e procuraram, num primeiro momento, dificultar o governo. Depois recuaram. Ficava
ruim, para deputados que estavam no meu governo até aquele
instante, mudar", disse Lessa.
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