São Paulo, domingo, 06 de agosto de 2006

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Com 16 deputados estaduais, PMN tem a maior bancada em Alagoas

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA

Em pouco mais de um ano, o PMN (Partido da Mobilização Nacional), que tinha só um deputado na Assembléia Legislativa de Alagoas, passou a ter a maior bancada do Estado. Dos 27 deputados estaduais de Alagoas, 16 estão atualmente no PMN, sendo que nenhum foi eleito pela sigla.
A migração de parlamentares para o PMN se deu a partir de junho de 2005, puxada pela filiação do presidente da Assembléia, Celso Luiz, que até então estava no PSB.
O objetivo do deputado, na época, era viabilizar sua candidatura ao governo estadual -ele avaliava que não teria espaço para isso no PSB. Celso Luiz diz que outros deputados migraram para o PMN atraídos por seu "projeto político".
"O pessoal achava que tinha mais chance de se reeleger se estivessem todos juntos", disse.
Celso Luiz acabou se lançando candidato a vice-governador na chapa de João Lyra (PTB). "Vi que o PMN não tinha estrutura para ter candidato e fizemos uma aliança com o João Lyra", afirmou ele.

Cláusula de barreira
"Ele [Celso Luiz] era o presidente da Assembléia e conquistou a amizade e a confiança dos colegas. Na época, precisava de uma sigla para levar à frente seu projeto de ser candidato ao governo", disse o secretário-geral do PMN de Alagoas, Ildo Rafael, que cedeu a presidência da sigla a Celso Luiz.
Segundo a secretária-geral do PMN, Telma Ribeiro dos Santos, os novos filiados se comprometeram a lançar o deputado estadual Francisco Tenório (ex-PPS) -considerado um nome forte- à Câmara.
A votação para deputado federal é o critério que irá balizar o cumprimento da cláusula de barreira pelos partidos. A regra estabelece que partidos com votação inferior a 5% do eleitorado do país percam acesso à maior parte dos recursos do Fundo Partidário e tenham restringido o acesso a programas gratuitos de rádio e TV.

Aumento
No final do ano, os deputados do PMN ajudaram a aprovar um aumento de R$ 5 milhões para R$ 20 milhões nos recursos destinados a emendas individuais no Orçamento.
Para o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), de quem Celso Luiz era aliado até se aproximar de Lyra, inicialmente houve o bloco quis fazer oposição.
"Se aliaram a uma pessoa [Lyra] que nega o nosso governo e procuraram, num primeiro momento, dificultar o governo. Depois recuaram. Ficava ruim, para deputados que estavam no meu governo até aquele instante, mudar", disse Lessa.


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