São Paulo, domingo, 06 de outubro de 2002

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SENADOR

DATAFOLHA

José Aníbal aparece com 17%, Cunha Bueno, 8%, e Wagner Gomes, com 5%

Mercadante tem 37%, Tuma, 36%, e Quércia, 32%

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

Aloizio Mercadante (PT), com 37%, e Romeu Tuma (PFL), com 36%, chegam empatados na disputa pelas duas vagas paulistas no Senado. A pesquisa Datafolha realizada ontem e na sexta-feira atribui a eles a mesma porcentagem registrada na última quarta.
Orestes Quércia (PMDB) oscila um ponto para baixo e está agora com 32%. Teoricamente, ele pode estar em situação de empate técnico com Tuma, já que a margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para mais ou para menos.
José Anibal (PSDB) oscila de 15% para 17%, Cunha Bueno cai de 11% para 8%, enquanto Wagner Gomes oscila de 3% para 5%.
A disputa entre os três primeiros colocados marcou a sequência das sete pesquisas anteriores do Datafolha no Estado.
Nas três primeiras, entre maio e agosto, o candidato petista aparecia apenas como um figurante de certo potencial, enquanto o pefelista e o peemedebista surgiam com larga superioridade na preferência dos votos.
A partir de 9 de setembro, Mercadante já aparecia empatado com Quércia. Assim permaneceu nas duas pesquisas seguintes, para então, em 2 de outubro, subir quatro pontos e registrar vantagem sobre Tuma, dentro da margem de erro.
Tuma, por sua vez, chegou a reunir 55% das preferências no Datafolha de julho. Em agosto havia perdido 18 pontos e permaneceu oscilando entre 36% e 40% nas pesquisas seguintes.
O pefelista foi provavelmente vítima de dois fatores: a saturação das propostas para a segurança pública no horário eleitoral e a falta de um presidenciável do PFL, de preferência em ascensão, a quem pudesse atrelar seu nome.
Quércia, ex-senador e ex-governador, nunca chegou a obter a maioria absoluta das intenções de voto. Seu melhor desempenho foi em julho, pouco antes do início do horário eleitoral, com 42% das preferências. Passados 40 dias, e em que pese sua presença maciça no horário eleitoral do PMDB, ele havia caído 16 pontos, recuperando-se ligeiramente e mantendo, nas três últimas pesquisas, 33% das intenções.
José Anibal (PSDB) não parou de oscilar para cima ou crescer de verdade nas sete primeiras pesquisas. Mas não capitalizou o crescimento da candidatura do tucano Geraldo Alckmin, para governador. Ter sido deputado, líder no Congresso, secretário de Mário Covas e hoje presidente nacional do PSDB não tiveram maior desdobramento eleitoral.
Cunha Bueno (PPB), variou de 7% a 11% nas pesquisas anteriores. Não demonstrou chances de se eleger e em nenhum momento atingiu os mesmos patamares de Paulo Maluf, seu chefe.
Essa não-transferência de votos também vitimou Wagner Gomes (PC do B). Enquanto Lula passava a oscilar acima dos 40% das intenções para a Presidência, e José Genoino subia nas pesquisas para governador, Gomes teve dificuldades de associar seu nome a eles.


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