São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2004

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Por causa de feriado, PSDB teme aumento da abstenção em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O PSDB teme que a coincidência do segundo turno, no próximo dia 31, com o feriado prolongado de Finados, que vai do dia 30 ao dia 2 do mês seguinte, afete o resultado das eleições em São Paulo.
Preocupado com um eventual aumento significativo do número de abstenções no segundo turno, o partido do candidato José Serra deverá fazer pesquisas para verificar a disposição do eleitor de sair da capital em meio ao feriadão e até liderar uma campanha pela presença no dia da votação.
O coordenador político da campanha do tucano, o deputado federal Aloyzio Nunes Ferreira (PSDB-SP), reconhece que "essa é uma variável que não estava presente no primeiro turno e, por isso, é um objeto de preocupação e ponto de reflexão". De acordo com ele, o partido já estava atento à ameaça no primeiro turno. Mas, naquele momento, chegar ao segundo turno era a prioridade.
Segundo o deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP), outro dos coordenadores da campanha de Serra, a data de votação chegou a ser tema da conversa dos tucanos com magistrados do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo na tarde de ontem. "Os juízes chegaram a reconhecer que a legislação poderia ter sido alterada há um ano", contou Feldman, admitindo a preocupação de seu partido.
O coordenador-geral da campanha de Serra, José Henrique Lobo, chegou a afirmar que "foi um equivoco marcar a eleição" em meio ao feriadão, "uma coisa que passou despercebida pelo TSE. Se não, eles não teriam marcado".
Os três avaliam que não é possível mensurar o impacto disso nas campanhas, nem saber qual candidatura seria mais prejudicada pela coincidência.
A coordenação da campanha à reeleição da prefeita Marta Suplicy (PT) não quis comentar a possibilidade de o feriado do Dia de Finados aumentar a abstenção no segundo turno.
No último domingo, a abstenção na capital foi de 14,95% do eleitorado. Quem não votou no primeiro turno pode votar normalmente no dia 31.
A propaganda no rádio e na TV acabará dois dias antes da votação. O início dela ficou definido ontem para o dia 15.
Há outras datas que definem para o segundo turno um calendário eleitoral semelhante ao da etapa anterior. Estão previstas, por exemplo, datas a partir das quais os candidatos e os eleitores não podem ser presos e para a proibição da realização de comícios e carreatas.


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