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Salgado fala em saída; suplente foi investigado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dos principais aliados
de Renan Calheiros (PMDB-AL), Wellington Salgado
(PMDB-MG) tem dito que
pode deixar a política no final do ano por pressão de sua
família. Nesse caso, assumiria Carlos Eduardo Fioravante, indicado pelo próprio
Salgado e que foi investigado
pela CPI dos Correios.
Salgado foi o principal financiador da campanha do
ministro Hélio Costa (Comunicações) para o Senado,
em 2002, e é seu primeiro suplente. Fioravante, ex-diretor comercial dos Correios,
foi investigado pela CPI que
apontou um esquema de desvio de recursos na estatal. A
comissão recomendou seu
indiciamento por improbidade administrativa.
O procurador-geral da República, Antonio Fernando
Souza, solicitou ao Supremo
Tribunal Federal que Salgado fosse ouvido pela Polícia
Federal. Ele é suspeito de ter
desviado quase R$ 12 milhões de dinheiro público
quando dirigiu a Asoec (Associação Salgado de Oliveira
de Educação e Cultura).
Há duas investigações para
apurar o envolvimento do
senador em sonegação de
Imposto de Renda.
Até maio de 2004, quando
assumiu a diretoria comercial dos Correios, Fioravante
trabalhava na Universidade
do Triângulo, uma das instituições de ensino de Salgado.
Ele deixou a estatal em
maio de 2006, com as acusações de irregularidades.
Salgado disse ontem que
ele e Fioravante, ambos do
Rio, foram para o Triângulo
Mineiro para serem suplentes na chapa do ex-deputado
Raul Belém, que morreu. Por
iniciativa de Fioravante, afirmou o senador, eles procuraram Hélio Costa, que não conheciam então, para participar da chapa dele.
Salgado afirmou que Fioravante trabalhava na sua
empresa "fazendo contatos
para cursos a longa distância" e que, depois das denúncias nos Correios, os dois se
afastaram, e o senador "não
sabe" se ele ainda trabalha na
empresa.
Sobre a saída do Senado,
Salgado disse que se houver
"pressão política" pode repensar sua decisão. Fioravante não foi localizado.
(ANDREZA MATAIS)
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