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CONTABILIDADE PARALELA
Para Thomaz Bastos, depósito é "anormal"
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Márcio Thomaz
Bastos (Justiça) disse que o depósito de R$ 1 milhão feito pelo PT
para a Coteminas, do vice-presidente, José Alencar, é um fato
anormal: "Tomei conhecimento
pelos jornais. Acho que é uma
questão que tem de ser investigada, o que é um lugar comum [dizer isso], mas inevitável".
O ministro disse considerar
"importante" o fato de que "estão
funcionando os mecanismos do
Estado para detectar essas coisas,
que são anormais". "Porque isso
foi encontrado e comunicado ao
Ministério Público e à CPI pelo
Coaf (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras, do Ministério da Fazenda), que faz parte da
nossa estrutura de combate à lavagem de dinheiro."
O presidente da OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, defendeu ontem a condenação dos responsáveis pelo
depósito: "Toda promiscuidade
tem de ser condenada e punida",
disse. "Ninguém está acima da lei.
Nem o presidente da República
nem o vice-presidente nem o partido do governo. Todos devem ser
punidos se não cumpriram as disposições eleitorais."
O presidente do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), Carlos Velloso, reafirmou ontem que o caixa
dois é "banditismo", mas não
quis falar sobre o caso Coteminas.
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