São Paulo, terça-feira, 06 de dezembro de 2005

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CONTABILIDADE PARALELA

Para Thomaz Bastos, depósito é "anormal"

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) disse que o depósito de R$ 1 milhão feito pelo PT para a Coteminas, do vice-presidente, José Alencar, é um fato anormal: "Tomei conhecimento pelos jornais. Acho que é uma questão que tem de ser investigada, o que é um lugar comum [dizer isso], mas inevitável".
O ministro disse considerar "importante" o fato de que "estão funcionando os mecanismos do Estado para detectar essas coisas, que são anormais". "Porque isso foi encontrado e comunicado ao Ministério Público e à CPI pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras, do Ministério da Fazenda), que faz parte da nossa estrutura de combate à lavagem de dinheiro."
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato, defendeu ontem a condenação dos responsáveis pelo depósito: "Toda promiscuidade tem de ser condenada e punida", disse. "Ninguém está acima da lei. Nem o presidente da República nem o vice-presidente nem o partido do governo. Todos devem ser punidos se não cumpriram as disposições eleitorais."
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Velloso, reafirmou ontem que o caixa dois é "banditismo", mas não quis falar sobre o caso Coteminas.


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