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Bornhausen nega acordo entre PFL
e PSDB e confirma Maia para 2006
YALA SENA
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM TERESINA
O presidente nacional do PFL,
senador Jorge Bornhausen (SC),
afirmou ontem que o partido não
fechou acordo com o PSDB para a
eleição presidencial de 2006 e ratificou a pré-candidatura do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, à
Presidência da República.
"Não existe acordo. A decisão
do prefeito Cesar Maia de ser candidato à Presidência da República
foi tomada há um ano e não houve nenhuma alteração nessa rota", afirmou Bornhausen, num
encontro em Teresina (PI) que
lançou o senador Heráclito Fortes
(PFL) ao governo do Piauí.
Cesar Maia havia dito que desistiria de sua candidatura se o nome
de José Serra (PSDB), prefeito de
São Paulo, fosse lançado à disputa
pela Presidência: "A sensação do
PFL é a de que o Serra é um candidato fortíssimo. Disse oficialmente ao partido: não seria candidato
contra o Serra em hipótese nenhuma", disse o prefeito do Rio.
Ao mesmo tempo, Maia descartou a candidatura do governador
paulista, Geraldo Alckmin, à Presidência porque "a próxima campanha vai ser violenta": "Acho
que a candidatura do Alckmin é
muito frágil. Ele não participou de
nenhuma campanha pesada. Não
foi testado na sua capacidade de
resistência", declarou o prefeito
anteontem ao colunista da Folha
Josias de Souza.
Outro nome
Bornhausen descartou ontem a
possibilidade de Cesar Maia desistir da candidatura ao Planalto e
disse que as declarações do prefeito do Rio de Janeiro foram apenas
"observações políticas". Ele disse
que, mesmo que Maia desista da
candidatura, o partido lançará
outro nome à Presidência.
Também presente no encontro
em Teresina, Maia disse que uma
eventual candidatura de José Serra inviabilizaria a sua, pois eles
têm perfis parecidos. "No imaginário do eleitor, o perfil de José
Serra e o meu coincidem. Então,
não cabem as duas candidaturas.
Não é correto a oposição apresentar duas candidaturas que disputem o mesmo tipo de eleitor."
Cesar Maia reafirmou a sua posição de que abrirá mão de sua
candidatura se José Serra for candidato à Presidência, mas disse
que, de qualquer forma, o PFL terá candidato próprio em 2006.
"A minha opinião é que a candidatura de José Serra inviabiliza a
minha. Não é o caso da candidatura do Geraldo Alckmin. Agora,
não quer dizer que, com a candidatura do Serra, o PFL não terá
outro candidato. Temos nomes e
defendemos candidatura própria", afirmou o prefeito.
Maciel e Bornhausen
Ele citou como possíveis nomes
do PFL, em caso de sua desistência, o do vice-presidente do partido, Marco Maciel, o do senador
Jorge Bornhausen e o do senador
José Agripino (RN), líder do partido no Senado.
De acordo com o prefeito do
Rio, a candidatura do governador
de São Paulo enfrentaria dificuldades devido à exaustão da hegemonia política do Estado.
"Acredito que o governador Geraldo Alckmin terá dificuldades
em função da exaustão da hegemonia de São Paulo", afirmou o
prefeito. "Vivemos uma exaustão
da hegemonia de São Paulo. Já são
três governos seguidos sob a hegemonia de São Paulo", disse, referindo-se aos governos Fernando Henrique (1995-2002) e Lula.
"O PT e o PSDB disputam o poder em São Paulo e isso imediatamente se transforma num conflito nacional. A discussão econômica em São Paulo se transforma
em discussão nacional. Vivemos
um processo de exaustão de hegemonia de São Paulo", ressaltou.
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