São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2004

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Convocação continua indefinida

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva só definirá se o Congresso será convocado extraordinariamente após definir uma pauta de assuntos a serem votados até o dia 15 de fevereiro, quando os parlamentares retomam os trabalhos.
A informação foi dada ontem pelo porta-voz da Presidência, André Singer. Segundo ele, essa pauta será definida com a ajuda dos presidentes da Câmara e do Senado, além dos líderes governistas. Ontem à noite, Lula se reuniu com o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), presidente da Câmara, mas afirmou que não trataria do assunto no encontro.
A previsão é que a convocação ocorra a partir de 20 de janeiro, mas alguns congressistas querem que essa data seja antecipada.
Antes da reunião, João Paulo disse que a convocação extraordinária ainda não é certa e que, se ocorrer, não vai agilizar a tramitação da "PEC paralela" -proposta de emenda constitucional, negociada pelos senadores, que atenua os efeitos da reforma previdenciária sobre os servidores.
Segundo João Paulo, a Câmara não vai conseguir votar a "PEC paralela" na convocação. Assim, deputados e senadores ficariam apenas com o desgaste de receber dois salários extras. Disse, porém, que "a convocação extraordinária é um objeto a ser decidido pelo presidente da República". O presidente da Câmara vem criticando a convocação desde o ano passado: "Eu sou contra, em nome da Câmara dos Deputados", afirmou em 28 de novembro. No dia 19 de dezembro, João Paulo foi ainda mais enfático: "A convocação extraordinária é um escândalo".


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