DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), encontra-se hoje no Rio de Janeiro com o ex-governador Leonel Brizola, presidente do PDT, para discutir alianças entre os dois partidos nas eleições municipais deste ano.
O objetivo é preparar candidatos em comum em cidades como São Paulo, Curitiba e Florianópolis, para aumentar o tempo no rádio e na TV.
Em São Paulo, por exemplo, a idéia é que cada partido tenha seu pré-candidato a prefeito, mas que as siglas se unam em junho em torno do nome mais forte nas pesquisas. O provável candidato do PDT é o sindicalista Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, e o do PFL, o senador Romeu Tuma ou o deputado federal José Aristodemo Pinotti.
Bornhausen disse que também quer entendimentos com o PSDB e dissidentes do PT. Antes de negociar com o PFL, Brizola tentou, sem sucesso, atrair a senadora Heloísa Helena, da esquerda radical, expulsa do PT em dezembro.
"São partidos independentes, mas que têm uma meta comum: a oposição a este governo medíocre do PT", disse Bornhausen, para justificar a aproximação dos dois partidos, historicamente com posições antagônicas.
O senador Jefferson Péres (PDT-AM) vê o encontro com restrições: "O PDT se diferencia muito do PFL, que é um partido de centro". (RAQUEL ULHÔA)


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