São Paulo, domingo, 7 de fevereiro de 1999

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Adicionais são menores nos EUA

Reuters - 4.fev.99
Vista do Capitólio, prédio que abriga o congresso dos Estados Unidos


da Sucursal de Brasília

Embora o salário nominal do congressista norte-americano seja superior ao do brasileiro, ele pode até ganhar menos porque quase não tem vantagens adicionais, como automóvel e auxílio-moradia.
Os vencimentos de quem está no Congresso dos EUA às vezes são ainda menores do que os do Brasil porque eles não podem ter outros empregos ou fontes de renda (exceto o produto de investimentos anteriores) durante seu mandato.
Desde 1991, os congressistas nos EUA estão proibidos até de receber honorários por palestras ou livros e artigos publicados.
O Congresso dos EUA costuma ter 30 dias de recesso, em agosto. Mas, se é convocado nesse período, os parlamentares não recebem adicional.
Já houve anos (1940 e 1941), em que o Congresso trabalhou em todos os dias (mesmo domingos e feriados). Em 1987, houve sessões em 351 dias.
Além do salário, parlamentares só têm direito a passagens a seus Estados, estacionamento grátis, complementação de aposentadoria e uso gratuito de aparelhos de ginástica e piscinas no Congresso.
Mesmo assim, o público reclama das mordomias ("perks") dos parlamentares. Elas incluem verba para correspondência e telefonemas e a possibilidade de contratar assessores (cada deputado tem verba anual de US$ 537.480 para seu estafe; o orçamento para pessoal do gabinete de senador depende do tamanho de seu Estado: de US$ 1 milhão a US$ 1,9 milhão).
No Brasil, a verba de cada parlamentar para pagar assessores, no maior dos casos, o dos senadores, é de US$ 370 mil anuais.
Presidente: o triplo
O presidente dos EUA ganha bem mais que o do Brasil: o salário é o triplo (R$ 360 mil anuais, com o dólar a R$ 1,80) e ele ainda tem R$ 90 mil por ano de verba de representação, além de ter todas as suas despesas domésticas e de viagens cobertas (como o brasileiro).
Os ministros norte-americanos também têm salários quase três vezes maiores que os brasileiros. Mas eles não gozam de nenhum benefício (exceto três, os secretários de Estado, Justiça e Tesouro, que têm direito a usar automóvel).
A diferença entre os salários dos supremos magistrados dos EUA e do Brasil não é tão grande: com o dólar a R$ 1,80, os norte-americanos recebem mais ou menos o dobro dos brasileiros e, como estes, têm direito a carro e motorista.
Ninguém nos EUA, exceto o presidente e o vice, recebe verbas de representação. A do vice-presidente é de R$ 18 mil anuais.



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