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Secretária pede mudança na lei
da Sucursal de Brasília
A secretária de Administração e
Patrimônio, Cláudia Costin, acha
que as leis que regulam o comportamento ético do funcionalismo
público, inclusive dos mais graduados, devem sofrer alterações.
Por exemplo, a que proíbe o funcionário de aceitar qualquer presente. O que fazer com agendas de
fim de ano, calendários e outros
brindes desse tipo?, pergunta ela.
Não seria melhor, argumenta
Costin, estabelecer valores acima
dos quais um presente não pode
ser aceito? Ou definir o tipo de presente aceitável (como o que ajuda a
realização do trabalho)?
Regras claras
Ela acha que é preferível haver regras claras, que permitam efetivo
controle social sobre a administração pública, do que leis rígidas, que
estimulam a criação de esquemas
paralelos, quase sempre mais perniciosos para a sociedade.
Foi o que aconteceu no governo
Fernando Collor de Mello (1990-92). Todas as chamadas mordomias foram extintas. Mas, depois
se descobriu, ministros recebiam
automóveis de fabricantes ou revendedoras para seu uso particular. E coisas muito piores.
²
Espanha: Lei das Mordomias
Costin cita o exemplo da Espanha, onde existe uma Lei das Mordomias (com esse nome mesmo)
para regular os benefícios dados a
funcionários da carreira pública.
Muitas pessoas acham que o salário do alto executivo no governo
deve ser elevado, para atrair profissionais de bom nível que podem
ganhar mais no setor privado.
Além disso, bons salários também desestimulam a corrupção ou
a aceitação de favores que podem
se converter em prejuízo público.
Os salários de ministros, secretários de Estado e funcionários de
primeiro escalão nos ministérios
são inferiores aos de executivos de
igual qualidade nas empresas.
Em comparação com os de seus
colegas norte-americanos, também são bem menores.
Um funcionário público de primeiro escalão, tipo secretário-executivo de ministério, ganha R$ 240
mil anuais nos EUA (ou R$ 20 mil
mensais) e cerca de R$ 6.000 por
mês no Brasil.
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