São Paulo, domingo, 07 de março de 2004

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REGIME MILITAR

Localização dos corpos poderá demorar muito

JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM XAMBIOÁ

No segundo dia de trabalho do grupo enviado pela Secretaria Nacional de Direito Humanos a Xambioá (TO) para tentar localizar corpos integrantes da guerrilha do Araguaia, foram encontrados objetos usados pelo Exército no combate à guerrilha.
Um projétil de revólver, um frasco de medicamento, rótulos de embalagens de remédio e um pedaço de ferro de uma cama foram achados no entorno da região demarcada pelo grupo -área de cerca de 500 metros quadrados usada por uma base do Exército à época da guerrilha- para realizar as escavações.
No começo da manhã, um radar enviado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) sofreu uma pane quando começava a examinar a área.
Com o aparelho que emite ondas eletromagnéticas e que consegue localizar abaixo do solo áreas de terra mexida, a Equipe Argentina de Antropologia Forense (uma ONG que presta serviços à ONU) espera localizar covas em que possam ter sido enterrados guerrilheiros.
O secretário nacional dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, que acompanha as ações do grupo, disse ontem que a localização dos corpos pode ser um trabalho muito demorado em razão de ser realizado por etapas.
"Na primeira fase, com o auxílio do radar, poderemos localizar áreas em que a terra havia sido mexida, facilitando assim o encontro de covas. Após a localização dessas áreas que será dado início às escavações."


Os jornalistas JOSÉ EDUARDO RONDON e ALAN MARQUES viajaram em avião da FAB, a convite da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, no trecho Brasília-Marabá (PA)



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