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REGIME MILITAR
Localização dos corpos poderá demorar muito
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM XAMBIOÁ
No segundo dia de trabalho do
grupo enviado pela Secretaria Nacional de Direito Humanos a
Xambioá (TO) para tentar localizar corpos integrantes da guerrilha do Araguaia, foram encontrados objetos usados pelo Exército
no combate à guerrilha.
Um projétil de revólver, um
frasco de medicamento, rótulos
de embalagens de remédio e um
pedaço de ferro de uma cama foram achados no entorno da região demarcada pelo grupo
-área de cerca de 500 metros
quadrados usada por uma base
do Exército à época da guerrilha- para realizar as escavações.
No começo da manhã, um radar enviado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)
sofreu uma pane quando começava a examinar a área.
Com o aparelho que emite ondas eletromagnéticas e que consegue localizar abaixo do solo áreas
de terra mexida, a Equipe Argentina de Antropologia Forense
(uma ONG que presta serviços à
ONU) espera localizar covas em
que possam ter sido enterrados
guerrilheiros.
O secretário nacional dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda,
que acompanha as ações do grupo, disse ontem que a localização
dos corpos pode ser um trabalho
muito demorado em razão de ser
realizado por etapas.
"Na primeira fase, com o auxílio
do radar, poderemos localizar
áreas em que a terra havia sido
mexida, facilitando assim o encontro de covas. Após a localização dessas áreas que será dado
início às escavações."
Os jornalistas JOSÉ EDUARDO RONDON
e ALAN MARQUES viajaram em avião da
FAB, a convite da Secretaria Nacional de
Direitos Humanos, no trecho Brasília-Marabá (PA)
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