São Paulo, segunda-feira, 07 de março de 2005

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Governador de SC é um dos sócios do instituto

DO ENVIADO ESPECIAL A JOINVILLE (SC)

Por trás do nome de fantasia Escola do Teatro Bolshoi no Brasil foi constituído o Instituto Escola do Teatro Bolshoi, para executar o contrato firmado entre a prefeitura e a representante do teatro russo. Trata-se de entidade civil de direito privado, e que tem o governador do Estado, Luiz Henrique, entre os sócios fundadores.
"Planejadamente, com explícita e óbvia participação do excelentíssimo governador, arquitetou-se sob a forma privada, ludibriando a fiscalização, uma entidade que apenas geriu recursos públicos", diz o procurador Celso Três.
Os estatutos colocaram Joseney Negrão como supervisora geral, com salário superior ao dos professores russos. Gerente da Paramount, ela foi contratada, por carta convite, pela Fundação Cultural de Joinville, por R$ 76,4 mil, para elaborar "o perfil da escola".
Foram apreendidas notas de compras de uísque, champanhe, perfumes e de gastos elevados em churrascaria no Rio de Janeiro.
Em carta, Prestes pede a interferência de Luiz Henrique para assegurar verbas de patrocínio e sugere orientações para "a montagem de nossa defesa na Justiça".
Em 2001, o então prefeito Luiz Henrique ameaçou retirar do Banco do Brasil as contas do município se o banco não apoiasse a escola. Luiz Henrique recorreu ao presidente Fernando Henrique Cardoso, que recomendou o apoio. (FV)


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