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Fundo contratou empresa para leiloar títulos
DA SUCURSAL DO RIO
Em dezembro de 2004, o
Rioprevidência contratou
uma empresa -a ASM Asset
Management, do Rio- para
montar um fundo de investimentos lastreado em títulos
mobiliários que possuía. A
empresa lançou em leilão as
cotas desse fundo.
Paralelamente, montou
outro fundo, para captar dinheiro de fundos de pensão
estatais e recomprar papéis
de investidores, após o leilão.
Para os investidores, o valor da carteira do Rioprevidência estava nos contratos
de financiamento com correção alta assegurada.
Em vez de esperar para receber títulos públicos do governo federal na data do resgate, o Rioprevidência vendeu os direitos, com deságio,
para antecipar a receita.
A Fundação Padre Leonel
França, da PUC do Rio, foi
contratada para calcular o
preço de mercado dos títulos
corrigidos e chegou a R$
131,9 milhões. O Rioprevidência usou o laudo para fixar o preço mínimo.
Para o governo do Estado,
o laudo foi ""falho e errado".
Já para a CVM, faltou visibilidade no leilão e tempo para
que outros interessados estudassem os contratos.
Quatro pessoas pagaram
R$ 135 milhões pela carteira
imobiliária com 24.716 contratos. No dia do leilão, revenderam 4.596 contratos
por R$ 142 milhões. No intervalo de quatro meses, o
grupo revendeu 11.381 contratos, por R$ 354 milhões.
Diante do ganho rápido, a
questão é se o Rioprevidência vendeu a carteira por menos do que valia ou os fundos
pagaram mais do que deviam. Ainda não há resposta.
Só o Real Grandeza não
vendeu sua participação para
um grupo de investidores estrangeiros. Os que saíram declaram ter obtido lucro.
Os contratos fazem parte
agora de fundo de investimento administrado pela Vision Brasil. O diretor da Vision, Amaury Fonseca Júnior, disse que pagou R$ 366
milhões por 6.885 contratos.
Para ele, foi um bom negócio
para os estrangeiros.
(EL)
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