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Corregedora
abre processo
administrativo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A corregedora-geral da
União, Anadyr de Mendonça
Rodrigues, instaurou ontem
processo administrativo para
apurar as informações publicadas pela revista "Veja". Segundo ela, o assunto não será "personalizado", mas garantiu que
"nenhuma providência deixará
de ser tomada".
A Corregedoria Geral da
União (CGU) vai investigar as
informações de que Ricardo
Sérgio de Oliveira, ex-diretor
do Banco do Brasil e ex-caixa
de campanha do PSDB, teria
pedido R$ 15 milhões para ajudar ao empresário Benjamin
Steinbruch na formação do
consórcio que comprou a
Companhia Vale do Rio Doce,
privatizada em 1997.
O assunto envolve o presidente Fernando Henrique Cardoso, que teria sido informado
sobre o suposto pedido de propina, e o ministro da Educação,
Paulo Renato Souza, e Luiz
Carlos Mendonça de Barros,
ex-ministro das Comunicações, que foram procurados
pelo empresário que fez queixas sobre Ricardo Sérgio.
"Se constituir irregularidade
administrativa, terá a mesma
gravidade de um ilícito penal",
disse Anadyr.
Sobre FHC, Anadyr disse:
"No tempo oportuno, se esse
fato vier a ser constatado como
existente, aí sim a corregedoria
estará à inteira disposição para
dizer a quem for imputado esses fatos, quais as providências
e se a CGU pode ou não prosseguir nas investigações. Neste
momento, seria uma especulação sobre hipóteses".
Em momento algum, ela disse que serão investigadas pessoas. Segundo ela, "a CGU irá investigar todos os fatos, sem
exceção". Na sua opinião, o
"ponto de partida é a abertura
do processo administrativo, o
qual não tem volta". Segundo
ela, o trabalho será realizado
em parceria com o Ministério
Público Federal.
Anadyr enviou um pedido ao
procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, solicitando que envie informações
relativas ao assunto. Para ela,
os envolvidos "poderão ser ouvidos", mas não entrou em detalhes. Após receber o pedido
da corregedora, Brindeiro informou que vai requisitar informações sobre o assunto.
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