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Economista diz
que vai "proteger"
FHC e Serra
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O economista Ricardo Sérgio de
Oliveira tem dito a pessoas próximas que vai proteger o governo
do presidente Fernando Henrique Cardoso e o pré-candidato do
PSDB ao Palácio do Planalto, José
Serra.
Segundo a Folha apurou, Ricardo Sérgio disse o seguinte para
pelo menos um interlocutor que
priva da sua total confiança: "O
pessoal do Planalto está me tratando bem". Não detalhou o que
seria esse tratamento, mas deu a
entender que está recebendo sinais de apoio.
O economista foi procurado por
emissários do governo Fernado
Henrique Cardoso nos últimos
dias. Foi tranquilizado e informado de que não será abandonado
pelo núcleo tucano comandado
pelo presidente.
Ao comentar a reportagem da
revista "Veja" do fim de semana,
Ricardo Sérgio disse: "Queriam
que eu repicasse. Mas eu não vou
repicar". Segundo a Folha apurou, o economista acha que adversários de José Serra querem
pressioná-lo para que ele conte
detalhes de suas atividades como
arrecadador de campanha.
Houve alguns momentos em
que Ricardo Sérgio chegou a pensar em dar entrevistas comentando sua passagem pelo governo
FHC. A época em que essa idéia
esteve mais próxima de se realizar
foi no final de 98 e no início de 99,
quando ele foi demitido do Banco
do Brasil.
Em seguida, Ricardo Sérgio se
recompôs com o governo. A situação voltou a piorar no final do
ano passado e no início do atual.
O economista começou a se sentir
novamente um pouco abandonado pelo Palácio do Planalto, pois
recomeçaram a aparecer reportagens sobre ele na mídia.
Experiência
Uma pessoa muito ligada aos
tucanos, Clóvis Carvalho (ex-ministro da Casa Civil e do Desenvolvimento de FHC) foi investido
já há algum tempo de uma tarefa
permanente: acalmar e tranquilizar o economista.
Até o momento, tem dado certo
a estratégia. Quem conversa com
o economista Ricardo Sérgio não
enxerga no ex-arrecadador de
fundos de campanha de FHC e de
Serra a intenção de falar mal do
governo.
Dia tenso
Ontem foi um dia tenso, por
causa da expectativa a respeito da
entrevista que seria concedida, no
início da noite, pelo ex-ministro
das Comunicações Luiz Carlos
Mendonça de Barros.
Ricardo Sérgio se reuniu com
seu advogado, José Carlos Dias
(ex-ministro da Justiça de FHC),
no final da tarde. Traçaram juntos
a linha de ação para esta semana.
Juntamente com Dias, o economista decidiu que não dará declarações públicas além das que a revista "Veja" já publicou. Dirá
sempre que são mentiras as acusações de que teria cobrado propina nas privatizações nos anos
90. Se for novamente atacado e
novas acusações surgirem, Ricardo Sérgio pode então reconsiderar e talvez dar novas explicações.
Mas essa não é a sua intenção.
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