São Paulo, sábado, 07 de maio de 2005

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OUTRO LADO

Manato admite "equívoco" com a sua mulher

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Manato afirma ter cometido um erro quando influenciou na contratação da mulher, mas nega fazer nepotismo cruzado.

 

Folha - Como o sr. pretende conduzir os trabalhos?
Manato -
Eu vou tentar fazer uma coisa com serenidade, ouvindo todos os segmentos envolvidos. Sou contra [o nepotismo], mas quero fazer uma coisa ética, sem sensacionalismo, sem perseguição.

Folha - O sr. então é contra o nepotismo?
Manato -
Sou favorável que seja [proibido] até o segundo grau e que em uma parte seja até retroativo.

Folha - Mas a mulher do sr. chegou a ser contratada para o gabinete do ex-deputado Elias...
Manato -
A minha esposa (...) trabalhou porque ela é médica, faz ultra-sonografia e atendia ao gabinete dele. Foi por influência minha? Foi. Aí eu conversei com a [deputada] Denise Frossard sobre a [ONG] Transparência Brasil, e ela me disse que, se pegar no dicionário, isso não é nepotismo, mas se olhar na ética, é influência. Eu falei: "Pô, Denise então eu tô cometendo uma coisa que sou contra". (...) Eu tenho a minha mea-culpa porque eu cometi um equívoco durante quatro meses. Não é porque George Bush fumou maconha quando tinha 18 anos que ele vai defender o tráfico de drogas.

Folha - E sobre a mulher do ex-deputado José Carlos Elias, não é cruzamento?
Manato -
Ele ganhou para a Prefeitura de Linhares, eu tenho escritório lá, mantenho pessoas da minha confiança, não tem nada de cruzado.


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