São Paulo, sexta-feira, 07 de maio de 2010

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Chinês chefia quadrilha, afirma polícia

RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O chinês naturalizado brasileiro Li Kwok Kwen, 53, o Paulo Li, ligado ao secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., "comanda com firmeza e liderança uma das maiores organizações criminosas de São Paulo e, consequentemente do Brasil, especializada no contrabando de celulares".
A afirmação consta do relatório elaborado pelo delegado da Polícia Federal Rodrigo de Campos Costa na Operação Wei Jin, desencadeada em setembro passado.
Em telefonemas interceptados pela PF, Tuma Jr. discutiu com Li casos de chineses que buscavam regularizar sua situação no Brasil.
Vinculada ao Ministério da Justiça, a secretaria tem amplo leque de atribuições: da classificação de programas de TV à cooperação internacional para bloqueio de alvos de investigação no Brasil.
A secretaria tem departamento cuja função é "processar, opinar e encaminhar" pedidos de naturalização, expulsão ou extradição de estrangeiros.
Tuma Jr., porém, não foi citado no relatório da PF nem denunciado pelo Ministério Público.
O relatório, ao qual a Folha teve acesso, afirma que o grupo de Li trazia da China, por meio de serviço de encomendas, cerca de 3.000 aparelhos por mês, numa receita média mensal de R$ 1,2 milhão.
Os celulares eram distribuídos no centro paulistano, em Fortaleza e em Feira de Santana (BA).
Li está preso em Guarulhos (SP). Seu advogado, Alberto Toron, disse anteontem que a acusação da PF é "infundada".


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