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Chinês chefia quadrilha, afirma polícia
RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O chinês naturalizado
brasileiro Li Kwok Kwen,
53, o Paulo Li, ligado ao secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., "comanda com firmeza e liderança uma das maiores organizações criminosas de
São Paulo e, consequentemente do Brasil, especializada no contrabando de
celulares".
A afirmação consta do
relatório elaborado pelo
delegado da Polícia Federal Rodrigo de Campos
Costa na Operação Wei
Jin, desencadeada em setembro passado.
Em telefonemas interceptados pela PF, Tuma
Jr. discutiu com Li casos
de chineses que buscavam
regularizar sua situação
no Brasil.
Vinculada ao Ministério
da Justiça, a secretaria
tem amplo leque de atribuições: da classificação
de programas de TV à cooperação internacional para bloqueio de alvos de investigação no Brasil.
A secretaria tem departamento cuja função é
"processar, opinar e encaminhar" pedidos de naturalização, expulsão ou extradição de estrangeiros.
Tuma Jr., porém, não foi
citado no relatório da PF
nem denunciado pelo Ministério Público.
O relatório, ao qual a Folha teve acesso, afirma
que o grupo de Li trazia da
China, por meio de serviço
de encomendas, cerca de
3.000 aparelhos por mês,
numa receita média mensal de R$ 1,2 milhão.
Os celulares eram distribuídos no centro paulistano, em Fortaleza e em
Feira de Santana (BA).
Li está preso em Guarulhos (SP). Seu advogado,
Alberto Toron, disse anteontem que a acusação da
PF é "infundada".
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