DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
DO ENVIADO A CAMPO GRANDE

Dario Morelli Filho afirmou, em depoimento à Polícia Federal, anteontem, que não faz ligações telefônicas para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que ele assumiu a Presidência, mas nos últimos seis meses o visitou em sua casa em São Bernardo (SP). Morelli, preso na Operação Xeque-Mate, é compadre de Lula.
A informação sobre o depoimento de Morelli foi passada pelo seu advogado, Milton Fernando Talzi. Segundo Talzi, Morelli informou sobre a visita ao presidente quando foi perguntado pela PF se mantinha contato com Lula.
Talzi disse ter estranhado a pergunta porque durante o interrogatório não foi apresentada gravação de conversa entre Morelli e Lula. Os dois se conhecem há 20 anos.
Com relação a Nilton Cezar Servo, acusado de ser um dos líderes da máfia dos caça-níqueis, Morelli teve "vários contatos", segundo Talzi. O advogado disse que Servo e Morelli se conheceram em campanhas eleitorais. Servo, ainda conforme Talzi, freqüentava casa em Caraguatatuba (SP) que pertence a Morelli.
De acordo com o advogado, o compadre do presidente foi indiciado sob suspeita de contrabando e formação de quadrilha.
A Polícia Federal informa que também houve indiciamento sob suspeita de corrupção ativa. Talzi afirmou não ter conhecimento.


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