DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

Responsável em assumir o posto do ex-caixa de campanha Paulo César Farias, o PC, uma das figuras mais polêmicas do grupo Collor, o empresário pernambucano Elionaldo Magalhães, 54, rejeita comparações com seu antecessor e diz que atuará "rigorosamente dentro do que determina a lei".
Nascido em Lajedo (PE) e tendo se mudado com 11 anos para Arapiraca, a segunda cidade mais importante de Alagoas, Magalhães é advogado, foi deputado estadual por três mandatos (pela Arena e pelo PFL) e superintendente da extinta Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) no governo Collor. Hoje, é presidente do PRTB e vai ser o coordenador e responsável pela arrecadação de recursos da campanha do ex-presidente.
Ele é amigo de Collor desde o tempo em que este assumiu a Prefeitura de Maceió, no final dos anos 70, e diz que conhecia PC, mas não tinha relacionamento íntimo com ele. "Conhecia, porque Alagoas é um Estado pequeno e todos nós nos conhecemos. Mas, durante esse tempo todo, nunca tive negócios com o Paulo César."
O ex-tesoureiro, encontrado morto em junho de 1996 em circunstâncias até hoje não completamente esclarecidas, foi acusado de comandar um esquema de corrupção e se tornou o pivô do processo que levou Collor a renunciar em dezembro de 1992.
Além de ocupar o posto de PC, Magalhães também é hoje dono de um dos principais projetos idealizados pelo ex-tesoureiro de Collor quando este ainda tinha influência nos gabinetes de Brasília, o jornal "Tribuna de Alagoas", adquirido há cerca de dois anos da família Farias.
Na quinta, o caixa de campanha disse que não iniciou a arrecadação e ressaltou que a tarefa ficará a cargo de três pessoas: "Vamos seguir rigorosamente o que determina a lei, estaremos com uma contabilidade prestes a ser analisada a qualquer momento". (RB)


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