São Paulo, domingo, 07 de julho de 2002

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MÍDIA

Casoy recorre de decisão pró-Estevão

DA REPORTAGEM LOCAL

Os advogados do apresentador Boris Casoy irão recorrer da medida liminar concedida pelo juiz da 4ª Vara Cível de Brasília, Demetrius Gomes Cavalcanti, que proíbe o jornalista de usar termos considerados ofensivos em relação ao ex-senador Luiz Estevão.
O ex-senador entrou com uma medida cautelar, em junho, alegando que Casoy teria lhe ofendido ao usar expressões como "Lalau" e "quadrilha", durante a apresentação do "Jornal da Record" que foi ao ar pela Rede Record no dia 19 de fevereiro.
Estevão e o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto foram acusados pelo Ministério Público Federal de envolvimento no desvio de verba da obra do Fórum Trabalhista de São Paulo. Estevão foi absolvido na semana passada. Nicolau foi condenado por evasão de divisas e tráfico de influência.
O advogado Renato Herani, que defende Casoy na ação, disse que não houve qualquer menção ao nome de Estevão quando ele usou as palavras "Lalau" e "quadrilha".
No entendimento dos advogados de Estevão, adjetivos usados por Boris seriam pejorativos.
Para Herani, a liminar concedida caracteriza censura prévia, ao restringir os comentários de Boris antes mesmo de eles ocorrerem.
Segundo o advogado, se Estevão realmente tivesse se sentido ofendido, deveria ter entrado com uma ação criminal por injúria. O ex-senador não entrou com a ação no prazo permitido por lei, que é de três meses após a veiculação, por meio da mídia, da suposta ofensa. Acabou ajuizando mais de três meses depois uma ação civil, que permite pedido de indenização por parte do impetrante.
A Folha não conseguiu localizar o Estevão para que ele comentasse o episódio.



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