São Paulo, domingo, 07 de julho de 2002

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Piora da economia não mudaria voto de 60%

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Enquanto a recente crise econômica suscita acusações mútuas e pauta quase todas as declarações dos presidenciáveis, 60% dos eleitores declaram que não mudarão seu voto caso a situação se agrave.
Apenas 10% dizem que há grande chance de trocar de candidato em caso de piora da conjuntura até a eleição. Ao todo, são 33% os que cogitam essa possibilidade.
Nessa parcela minoritária do eleitorado, Ciro Gomes (PPS) sai em vantagem. O ex-ministro da Fazenda é apontado por 26% como a opção mais provável em caso de mudança de voto impulsionada pelo agravamento da crise.
José Serra (PSDB), com quem Ciro divide o segundo lugar na corrida presidencial, tem 19% nesse levantamento.
É entre os eleitores de Serra e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que Ciro aparece mais cotado como provável segunda opção, com 36% e 33%, respectivamente.
Serra fica com 31% entre os eleitores de Lula, 25% entre os de Ciro e 22% entre os de Anthony Garotinho, do PSB.
Garotinho é citado por 15% dos que cogitam a troca de candidato, e Lula, por 12% -no caso do petista, o menor número de citações pode ser explicado por sua liderança nas intenções de voto.
Uma outra pergunta formulada pelo Datafolha aponta que não é desprezível a influência da economia na definição do voto. São 43% os que consideram haver "muita" influência, para 29% de "pouca" e 22% de "nenhuma".
O grupo dos que dão muita importância à economia é maior entre os que ganham mais de dez salários mínimos (64%), os com escolaridade superior (70%) e os que vivem em regiões metropolitanas (48%). Na pesquisa anterior, realizada em 7 de junho, os que mencionavam grande influência chegavam a 57%, enquanto 22% falavam em pouca, e 17%, em nenhuma influência.



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