São Paulo, domingo, 07 de julho de 2002

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Garotinho elogia adversários e Pillar

MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO

O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, iniciou ontem sua campanha de rua elogiando os adversários e até a atriz Patrícia Pillar, namorada de Ciro Gomes, candidato da Frente Trabalhista (PTB-PDT-PPS).
Acompanhado do bispo Marcelo Crivella (candidato do PL ao Senado e que deveria apoiar a petista Benedita da Silva), de assessores e da filha Clarissa, 19, Garotinho começou a percorrer as ruas comerciais do Saara (centro do Rio) no final da manhã.
"Não vamos fazer uma campanha agressiva. Não queremos desqualificar nenhum candidato. Todos têm seu méritos porque senão não seriam candidatos a presidente. Eu quero ter a oportunidade de mostrar, também, os meus méritos", afirmou Garotinho antes da caminhada.
Ao comentar o crescimento de Ciro Gomes nas pesquisas, Garotinho destacou Patrícia Pillar.
"É normal que Ciro Gomes tenha crescido porque ele teve uma exposição muito boa na televisão e uma âncora, também, muito boa, que é a Patrícia Pillar, ótima atriz e reconhecida por todos. Mas o processo eleitoral é a chegada. Não adianta ser o primeiro em março ou em em julho. O mais importante é ser o primeiro em 6 de outubro", disse.
O candidato foi bem recebido por quem circulava pelo Saara. Cumprimentou mulheres, beijou crianças e distribuiu autógrafos -um deles na Bíblia do evangélico Raimundo dos Santos, 49, da Igreja Universal do Reino de Deus.
Garotinho afirmou que pretende fazer uma campanha "positiva". "Minha campanha é a do Brasil que faz. Cada programa meu na TV contará a história de uma pessoa que teve a vida modificada por uma ação do governo do Estado do Rio", disse ele, que governou até o início de abril.
O candidato disse desconhecer uma pesquisa do Ibope que teria sido encomendada ao Instituto Ágora e manipulada a seu favor. "Quem sou para ter poder para fazer esse tipo de manipulação?"
Sem apoio de um partido de peso e com pouco tempo no horário eleitoral de TV, Garotinho, aposta nos evangélicos para chegar ao segundo turno. Pastores ligados ao candidato estão montando uma campanha à parte. A Folha apurou que serão instalados, até agosto, cerca de 5 milhões de comitês familiares em todo o país. As unidades terão uma dinâmica de células e funcionarão em casas de fiéis ligados a igrejas evangélicas que apóiam o candidato. Caberá aos comitês promover Garotinho em pequenas reuniões de bairros.



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