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Valério diz que pagou a jornalista por assessoria
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza reconheceu que o jornalista Gilberto Mansur, que agendou uma
reunião sua com a direção da
revista "IstoÉ", trabalha como
free-lance para uma de suas
empresas. Nos saques da
SMPB no Banco Rural, Gilberto Alípio Mansur aparece como beneficiário de R$ 300 mil.
A senadora Heloísa Helena
(PSOL-AL) questionou se
eram a mesma pessoa. "Só conheço como Gilberto Mansur",
respondeu Valério. Segundo o
deputado Eduardo Paes
(PSDB-RJ), o saque foi feito no
dia 24 de março de 2004.
O nome do jornalista foi citado na CPI pelo próprio empresário no depoimento ao relatar
episódio envolvendo sua ex-secretária Fernanda Karina Somaggio. Valério disse que foi
avisado por Gilberto Mansur
de que a revista "IstoÉ Dinheiro" havia feito entrevista com
Fernanda Karina, em que ela
faria ataques contra ele.
"Peça que a revista [IstoÉ Dinheiro] me escute", teria dito
Valério a Mansur, que teria
marcado encontro com Domingos Azulgaray, editor e diretor-responsável da Editora
Três, responsável pela revista.
Procurado ontem à noite,
Mansur não foi localizado em
dois telefones de São Paulo.
Ao encontrar com Alzugaray,
o empresário teria convencido
a revista a não publicar a entrevista. "Ele [Alzugaray] me deixou ver o teor da entrevista e
pedi um tempo para mostrar
que era mentirosa. Apresentei
a documentação e ele me entregou o original da entrevista
porque estava convencido que
era mentira", disse Valério.
O empresário repassou à CPI
dos Correios o original da entrevista da ex-secretária, que
teria sido feita em setembro de
2004. Neste ano, a revista fez
nova entrevista com Fernanda
Karina e publicado na edição
de 22 de junho. Marcos Valério
justificou o pagamento a Mansur dizendo que o jornalista
prestava serviços a suas empresas, na área de assessoria de comunicação. O deputado José
Eduardo Cardozo (PT-SP)
questionou se R$ 300 mil não
era um valor muito elevado para esse trabalho.
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