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CAMPANHA
Segundo presidenciável, é "hipocrisia" do governo manter a proibição e continuar patrocinando a Loteria Federal
Garotinho defende a legalização do jogo
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO VICENTE
O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, defendeu ontem, em Santos, a legalização do jogo no Brasil. Ao responder a uma pergunta sobre o tema,
durante a gravação do programa
Opinião -da TV Mar, afiliada da
Record-, Garotinho propôs que
haja um debate sobre a questão
no Congresso Nacional.
Garotinho classificou como "hipocrisia" a proibição do jogo no
país, ao mesmo tempo em que o
governo patrocina jogos como
Loteria Federal e Mega-Sena.
Segundo o presidenciável, devido à proibição, "milhares de brasileiros atravessam a fronteira e
vão gastar o seu dinheiro no Uruguai. Ou se acaba com tudo ou se
fica com tudo. Na minha opinião
pessoal, acho que deve abrir".
Garotinho cumpriu roteiro de
campanha na Baixada Santista
que culminaria com um showmício à noite em São Vicente.
O candidato do PSB afirmou
que teve a candidatura impulsionada por seu desempenho no debate da última segunda, na Rede
Record. Quarto colocado nas pesquisas, ele disse que os efeitos do
debate sobre as pesquisas de intenção de voto aparecerão nos levantamentos a serem divulgados
nas próxima semanas.
"As pesquisas que vão ser divulgadas nas próximas semanas vão
apontar um empate técnico entre
Garotinho, Ciro e Serra. Eles com
viés de queda. E eu subindo", afirmou o candidato.
Indagado pela Agência Folha
sobre como havia tomado conhecimento prévio desses resultados,
Garotinho respondeu: "Do mesmo modo que o governo obteve a
informação".
Antes do showmício, Garotinho
discursou durante um culto em
um templo da Assembléia de
Deus, em São Vicente, e participaria de uma reunião com evangélicos na Câmara Municipal.
Críticas
O candidato criticou o governo
de Fernando Henrique Cardoso
pela divulgação da meta 3,88% de
superávit primário e pela entrevista à Folha do secretário da Receita Federal, Everardo Maciel,
que admitiu a possibilidade de
uma perda de arrecadação de R$
14 bilhões no ano que vem.
"O presidente disse uma coisa
para os candidatos e agora está
realizando outra", afirmou, em
relação à meta de superávit.
Sobre as declarações de Maciel,
disse que é "mais uma demonstração de incapacidade" do governo FHC. "Ele está deixando
mais um problema para o próximo presidente da República."
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