São Paulo, sábado, 07 de setembro de 2002

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CAMPANHA

Segundo presidenciável, é "hipocrisia" do governo manter a proibição e continuar patrocinando a Loteria Federal

Garotinho defende a legalização do jogo

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO VICENTE

O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, defendeu ontem, em Santos, a legalização do jogo no Brasil. Ao responder a uma pergunta sobre o tema, durante a gravação do programa Opinião -da TV Mar, afiliada da Record-, Garotinho propôs que haja um debate sobre a questão no Congresso Nacional.
Garotinho classificou como "hipocrisia" a proibição do jogo no país, ao mesmo tempo em que o governo patrocina jogos como Loteria Federal e Mega-Sena.
Segundo o presidenciável, devido à proibição, "milhares de brasileiros atravessam a fronteira e vão gastar o seu dinheiro no Uruguai. Ou se acaba com tudo ou se fica com tudo. Na minha opinião pessoal, acho que deve abrir".
Garotinho cumpriu roteiro de campanha na Baixada Santista que culminaria com um showmício à noite em São Vicente.
O candidato do PSB afirmou que teve a candidatura impulsionada por seu desempenho no debate da última segunda, na Rede Record. Quarto colocado nas pesquisas, ele disse que os efeitos do debate sobre as pesquisas de intenção de voto aparecerão nos levantamentos a serem divulgados nas próxima semanas.
"As pesquisas que vão ser divulgadas nas próximas semanas vão apontar um empate técnico entre Garotinho, Ciro e Serra. Eles com viés de queda. E eu subindo", afirmou o candidato.
Indagado pela Agência Folha sobre como havia tomado conhecimento prévio desses resultados, Garotinho respondeu: "Do mesmo modo que o governo obteve a informação".
Antes do showmício, Garotinho discursou durante um culto em um templo da Assembléia de Deus, em São Vicente, e participaria de uma reunião com evangélicos na Câmara Municipal.

Críticas
O candidato criticou o governo de Fernando Henrique Cardoso pela divulgação da meta 3,88% de superávit primário e pela entrevista à Folha do secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, que admitiu a possibilidade de uma perda de arrecadação de R$ 14 bilhões no ano que vem.
"O presidente disse uma coisa para os candidatos e agora está realizando outra", afirmou, em relação à meta de superávit.
Sobre as declarações de Maciel, disse que é "mais uma demonstração de incapacidade" do governo FHC. "Ele está deixando mais um problema para o próximo presidente da República."


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