JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL

O aperto nas contas públicas anunciado pelo governo federal em razão do acordo com o FMI poderá provocar um novo atraso na entrega do primeiro trecho do Rodoanel, principal vitrine de campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
A intenção de Alckmin, candidato à reeleição em São Paulo, é entregar ao público a conclusão do trecho oeste do Rodoanel Mário Covas no próximo dia 29, apenas sete dias antes do primeiro turno das eleições.
Para que isso possa ocorrer, porém, o governo federal precisa repassar ao Estado uma verba de R$ 15 milhões. Ontem, após vistoriar as obras, Alckmin admitiu a possibilidade de a meta não ser cumprida no prazo previamente determinado. "Se ficar pronta ainda neste mês, ela será aberta ao público no dia 29. Caso contrário, fica para outubro", disse ele.
Sobre o dinheiro proveniente do governo federal, o candidato à reeleição procurou demonstrar otimismo. "Eu acho que não haverá problema porque da parte do Orçamento faltam só R$ 15 milhões para serem liberadores, e a suplementação de R$ 80 milhões está sendo empenhada. Acho que não haverá problema", disse.
A obra é custeada pelo Estado em parceria com a União. Praticamente todos os recursos destinados pelo governo paulista para o trecho neste ano já foram utilizados -R$ 187 milhões.
O trecho oeste do Rodoanel, em um total de 32 quilômetros, vai interligar as rodovias Régis Bittencourt, Castelo Branco, Raposo Tavares, Anhanguera e Bandeirantes. Até agora, apenas 14 quilômetros estão abertos ao público.
A obra era para ter sido entregue em julho último, mas, na ocasião, o ritmo teve que ser reduzido por conta de atraso no repasse de verbas provenientes da União.
O local vistoriado ontem, entre as rodovias Régis Bittencourt e Anhanguera, é um grande canteiro de obras, com operários trabalhando a toque de caixa.


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