DO PAINEL

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, afirma, por meio de sua assessoria de imprensa, que as estimativas de crescimento para o país -previstas na campanha presidencial de Lula- foram revistas em razão de "mudanças no quadro macro-econômico".
O panorama atual, segundo o ministro, que foi assessor econômico de Lula durante a campanha eleitoral, é diferente. O programa de governo do petista foi lançado em 23 de julho de 2002.
Segundo o ministro, quando Lula assumiu, em janeiro de 2003, o risco Brasil estava muito alto e foi preciso dar um choque fiscal e de credibilidade, a fim de reduzir a descrença dos organismos internacionais.
Para compatibilizar o pagamento da dívida com credores estrangeiros e as despesas internas, o governo foi obrigado a reduzir seus gastos e fazer um contingenciamento de R$ 14 bilhões no Orçamento de 2003, de acordo com o ministro Guido Mantega. Em razão disso, a administração federal teria sido obrigada a rever suas metas de crescimento.
Procurado por meio de sua assessoria de imprensa desde a última quinta-feira, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, coordenador do programa de governo de Lula em 2002 e autor do texto que propunha uma política econômica que viabilizasse um crescimento médio anual de 5%, não respondeu aos questionamentos da Folha.



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