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Regimento diz que sessão tem de ser secreta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A sessão que precederá a
votação do processo de cassação do mandato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), será secreta. Apenas os 81 senadores e a secretária-geral da
Mesa Diretora, Cláudia Lyra,
terão acesso ao plenário.
O modelo de votação está
previsto no art. 197 do Regimento Interno do Senado:
"Tornar-se-á em secreta a
sessão, obrigatoriamente,
quando o Senado tiver de se
manifestar sobre perda de
mandato ou suspensão de
imunidade de senador durante o estado de sítio".
Na sessão em que o então
senador Luiz Estevão
(PMDB-DF) foi cassado, em
2000, todo o rito foi secreto.
O regimento do Senado é
diferente do da Câmara, onde todas as sessões de perda
de mandato são abertas e só
o voto é secreto. A sessão será comandada pelo primeiro-vice-presidente da Casa,
Tião Viana (PT-AC). Renan
terá direito a discursar na tribuna, e pretende dividir o
tempo com seu advogado,
Eduardo Ferrão. Os dois relatores do processo de cassação, Renato Casagrande
(PSB-ES) e Marisa Serrano
(PSDB-MS), também defenderão seu parecer na tribuna.
Renan disse ontem que,
numa sessão sem acompanhamento externo, a pressão
sobre os senadores é menor:
"Cada um vai decidir no voto
secreto, na sessão secreta, o
que vai fazer. A única coisa
que não pode haver é pressão
sob as pessoas". A oposição
diz que não há o que fazer: "O
regimento diz isso e não dá
para mudá-lo de acordo com
as conveniências", disse César Borges (DEM-BA).
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