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Tarso diz que fim da exposição de presos criará duelo com mídia
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O ministro da Justiça, Tarso
Genro, disse ontem em Recife
que o novo regime disciplinar a
ser implantado na Polícia Federal, que impede a exposição
dos presos nas operações, "vai
aumentar" o "duelo que existe
entre a imprensa e a polícia".
"É a imprensa querendo divulgar, como é o seu dever, e a
Polícia Federal tendo que preservar determinadas informações para não prejudicar a sua
própria finalidade", afirmou.
"O que vai aumentar um pouquinho é o duelo que existe entre a imprensa e a polícia."
Segundo Tarso, nos últimos
anos a PF "adquiriu um protagonismo excepcional" que
trouxe sobre ela "o interesse
midiático, que vocês cumprem
de maneira adequada", disse
aos repórteres. Mas "o servidor
tem outro tipo de compromisso: o compromisso com a legalidade. Aquele policial que passar informações sigilosas, não
somente para a imprensa, mas
seja para quem for, estará cometendo uma irregularidade".
Genro negou que a decisão de
não expor os presos tenha sido
tomada devido à divulgação,
em junho, do indiciamento de
Genival Inácio da Silva, o Vavá,
irmão do presidente Lula: "Em
absoluto não foi", disse: "É uma
preocupação que não tem nada
de novo, que já estava preocupando o doutor [Paulo] Lacerda. É uma preocupação da própria polícia como instituição".
Em Recife, onde apresentou
o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania,
Tarso minimizou as divergências entre o diretor-geral da PF,
Luiz Fernando Corrêa, e seu
antecessor, Paulo Lacerda, sobre o uso de escutas telefônicas
pela Abin. Corrêa é contra a
idéia, e Lacerda, a favor.
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