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Ministérios declaram que acordos são legais
DA REPORTAGEM LOCAL
Os ministérios do Trabalho,
do Desenvolvimento Social e
da Integração Nacional defenderam a legalidade dos convênios assinados com ONGs entre 2003 e 2007.
A assessoria do Ministério do
Turismo disse que, em maio de
2007, foram suspensos preventivamente 52 convênios assinados de 2004 a 2006 que poderiam estar em desacordo com a
LDO, segundo análise do TCU.
"Ainda com base nas observações do TCU, foi feita a revisão
dos processos em andamento
para assinatura de contrato de
repasse/convênio de 2007, para prevenir qualquer eventual
desacordo com as leis orçamentárias", afirma a pasta.
"Em quaisquer casos nesse
sentido, o Ministério do Turismo adotará conduta idêntica",
disse a assessoria, que também
considerou exíguo o tempo para avaliar os casos citados pela
consultoria da Câmara.
O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) afirmou, por
meio de sua assessoria, que
"nos convênios celebrados, essas cláusulas são explícitas, e
todos os bens adquiridos ou
produzidos com recursos do
convênio são incorporados ao
patrimônio do ministério".
O ministério citou "informe"
da assessoria de comunicação
da CGU (Controladoria Geral
da União), órgão vinculado à
Presidência, que diz que "as
transferências de recursos efetuadas pelo MTE a entidades
privadas sem fins lucrativos
não constituem contribuições
de capital, uma vez que os equipamentos nesse contexto adquiridos, destinados à consecução de finalidade pública, são
incorporados ao patrimônio do
ministério, embora utilizados
pelas entidades executoras".
O informe foi distribuído
após reportagens divulgadas
pelo site "Congresso em Foco"
em setembro último que questionavam repasses a ONGs
considerados pela consultoria
de Orçamento da Câmara como transferências de capital.
A assessoria do MDS (Desenvolvimento Social e Combate à
Fome) informou que "o relatório técnico da Consultoria de
Orçamento (...) ainda não chegou a este ministério. Os convênios citados estão sendo analisados com o devido rigor e esta
tarefa demanda tempo".
"As parcerias são necessárias
a fim de que as ações destinadas
à população mais pobre e necessitada tenham capilaridade
e ajudem a chegar a quem realmente precisa. Esses convênios
seguem parâmetros e normas
legais e todos passam pelo controle e fiscalização da CGU
(Controladoria Geral da União)
e TCU (Tribunal de Contas da
União)", afirmou a pasta.
"O ministério se preocupa
tanto com este tipo de fiscalização que criou uma Secretaria
de Avaliação e Gestão da Informação (Sagi), que auxilia na
avaliação do desempenho de
ações próprias e de parceiros."
A assessoria do Ministério da
Integração Nacional citou "auditorias" que os convênios teriam sofrido dos órgãos fiscalizadores. "As transferências de
recursos do Ministério da Integração Nacional são realizados
com respaldo jurídico e dentro
da legalidade. Todos os convênios, além de passarem por
análise da Consultoria Jurídica, sofreram auditorias por parte da CGU (Controladoria Geral da União) e do TCU (Tribunal de Contas da União). Quanto aos convênios que envolvem
aquisição de bens, o ministério
adota medidas para que os
mesmos sejam vinculados aos
municípios nos quais as ações
serão realizadas. Não houve
tempo para analisarmos caso a
caso", disse a assessoria.
A Codevasf (Companhia do
Desenvolvimento dos Vales do
São Francisco e do Parnaíba)
também solicitou maior prazo
para checar os convênios.
A assessoria do Incra informou que os dados estavam sendo consolidados na sexta para
uma resposta em conjunto com
o Ministério do Desenvolvimento Agrário. As pastas da
Agricultura e da Ciência e Tecnologia não deram resposta até
o fechamento da edição.
(RV)
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