São Paulo, quinta-feira, 08 de janeiro de 2004

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REFORMA NO CONGRESSO

Vidros que fechavam galerias são retirados

Câmara ganha novos monitores e elevador

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Além da retirada dos vidros das galerias, a obra que está em curso no plenário da Câmara dos Deputados vai instalar dois monitores para reproduzir as informações do painel eletrônico de votação e um elevador para transportar congressistas portadores de deficiência física à tribuna -um desnível de quatro degraus. Nessa legislatura há um parlamentar nessa condição.
A colocação dos monitores custará R$ 160 mil. Não foi divulgado o custo do elevador. Foram retirados 84 vidros de 2 m de altura por 1 m de largura capazes de absorver um impacto de 150 kg. A obra de fechamento das galerias, que ficou pronta em junho de 1994, custou US$ 105 mil.
O então presidente da Casa Inocêncio Oliveira (PFL-PE) teve a idéia de colocar os vidros em fevereiro de 1993 quando a sessão de promulgação da Lei dos Portos, que dispunha sobre a sua exploração, teve que ser suspensa devido à manifestação dos sindicalistas.
Também contribuiu para a decisão a votação de projeto que aumentava o salário mínimo para US$ 100, quando os manifestantes jogaram nos deputados notas de dinheiro e chinelos. O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), disse que participou de sessões com as galerias abertas, mas na condição de manifestante. Ele negou que tenha jogado objetos no plenário.
O presidente do PT, José Genoino, que já foi deputado, disse que o plenário fica melhor sem vidros porque "o barulho do povo faz bem".
Ele afirmou que "o PT não tem medo de barulho".


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