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MS
Advogado de petista diz que acusações são improcedentes
Adversários de Zeca do PT pedem cassação de governador no TSE
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os adversários do governador
de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do
PT, pediram ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que casse o mandato dele por suposto abuso de
poder econômico e político e uso
irregular dos meios de comunicação na campanha à reeleição.
O recurso foi movido pela candidata derrotada ao governo Marisa Serrano (PSDB), o deputado
Marçal Gonçalves Leite Filho, o
PSDB e o PMDB. Zeca venceu
Serrano por uma diferença de 5%,
segundo o recurso.
Uma das principais acusações é
que ele teria usado os meios de
comunicação e as verbas de publicidade institucional para promover sua candidatura. Outra acusação é de tentativa de compra de
votos. O recurso cita reportagens
da Folha sobre condutas de Zeca.
Os adversários dizem que o governo petista distribuiu cestas básicas, entregou termos de quitação de imóveis e usou servidores e
bens públicos, contrariando o artigo da Lei Eleitoral. Eles afirmam,
por exemplo, que, para beneficiar
a candidatura de Zeca, a Polícia
Militar apreendera arbitrariamente material de campanha do
PPS em apoio à tucana.
Entre as irregularidades citadas
também está a suposta contratação pelo governo de cem mil pessoas como fiscais das eleições. O
objetivo seria fazer boca-de-urna.
Nos últimos dois anos, o TSE cassou inúmeros mandatos de acusados de compra de voto.
Outro lado
O advogado Valeriano Fontoura, que defende Zeca do PT no
TSE, afirmou ontem à Agência
Folha que o recurso contra o governador é baseado em acusações
julgadas improcedentes pela Justiça Eleitoral durante 2002.
"Nós anexamos na defesa 15 mil
páginas com cópias de representações julgadas improcedentes no
TSE e no TRE [Tribunal Regional
Eleitoral]", afirmou Fontoura.
Zeca do PT sofreu, segundo
Fontoura, apenas quatro condenações por propaganda extemporânea, o que prevê aplicação de
multas e "não caracteriza abuso
do poder político e econômico",
como defendem os adversários.
"Eles reuniram boa porte destas
representações, que já foram julgadas, e repetiram a ação", disse.
A assessoria de Comunicação do
governador também foi contatada, mas não ligou de volta até o fechamento dessa edição.
Colaborou a Agência Folha
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