São Paulo, quarta-feira, 08 de maio de 2002

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Procuradoria solicita auditoria em 19 nomes

Folha Imagem
O procurador da República Luiz Francisco de Souza


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério Público Federal requereu ontem à Receita Federal a realização de auditoria nas declarações de renda de 19 pessoas físicas e jurídicas ligadas ao empresário e ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio, inclusive dele e de sua mulher, Elizabeth.
Ele também solicitou à Receita a quebra de sigilo das contas declaradas por esses contribuintes nos últimos cinco anos.
"Suspeitamos que esses cidadãos e empresas possam ter sido usados como "testas-de-ferro" por Ricardo Sérgio. Por isso precisamos de um trabalho completo", declarou o procurador Luiz Francisco de Souza, que solicitou à Receita o envio de relatórios mensais sobre a auditoria, bem como que lhe sejam informados os números dos PAFs (Procedimento Administrativo Fiscal) -o nome técnico do levantamento que será realizado-, no prazo de 15 dias, para controle do Ministério Público.
As primeiras empresas indicadas para auditoria são as de Ricardo Sérgio: RMC, Planefin e Westchester. Depois a Consultatum, a Antares e a Antar Venture Investiments Ltd., pertencentes a Ronaldo de Souza, amigo do ex-diretor do BB que também será investigado pela Receita. A mulher de Ronaldo, Vera de Souza, também terá suas declarações auditadas.

Nomes
Apontados como executivos e empresários ligados direta ou indiretamente a Ricardo Sérgio, figuram na lista: Jair Bilachi (ex-presidente da Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil), João Bosco Madeiro da Costa (ex-diretor de investimentos da Previ), Miguel Ethel, José Brafman, Sérgio Bernstein e José Gringo (dono da construtora Ricci, que também será auditada).
E, por fim, as empresas Rivoli Participações e a 141 Participações, que segundo o Ministério Público poderiam ter sido usados no suposto pagamento de propina a Ricardo Sérgio por sua atuação do processo de privatização.
Ricardo Sérgio e Elizabeth já estão sendo investigados pela Receita por conta de inconsistência detectadas em suas declarações de renda referentes a 1998 e 1999.


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