DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

A exemplo do que fez o governo em relação aos radicais do PT, os tucanos decidiram punir os dissidentes do PSDB que prometeram apoiar integralmente as propostas de reforma da Previdência e tributária do Planalto.
"Quem quiser ser governo tenha decência e saia do partido", disse ontem o líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (BA), ao anunciar que estava desligando os deputados Osmânio Pereira (MG) e Salvador Zimbaldi (SP) das comissões técnicas integradas por eles na Câmara.
Com o aval do governador Geraldo Alckmin (SP), a seção estadual do PSDB deve abrir processo para a expulsão de Zimbaldi. Embora apóiem as reformas, os governadores tucanos não querem ser associados à dissidência, que consideram oportunista.
Chamados de "os apóstolos" na Câmara, o grupo dissidente tucano tem 12 deputados. A direção tucana decidiu punir só Pereira e Zimbaldi porque, neste ano, eles votaram todas as vezes contra a orientação do partido.
Alckmin disse acreditar que o afastamento dos deputados não foi pela declaração de apoio às reformas estruturais e insinuou que o problema de Pereira e Zimbaldi é de disciplina partidária.
"O PSDB em, linhas gerais, também é a favor das reformas. Não há razão para afastar alguém que é a favor das reformas. Acho que o problema não é bem este", disse Alckmin. "Alguém que não queira seguir as regras, o programa do partido e nem ter fidelidade partidária deve ir para outro partido", afirmou o governador.


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