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RUMO ÀS ELEIÇÕES
Tucano afirma que seria irresponsabilidade não considerar vitória petista e nega ter sido desleal ao PSDB
Lula tem chance de vencer, sim, diz Tasso
KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-governador Tasso Jereissati, que perdeu a indicação de candidato presidencial do PSDB para
o senador José Serra, nega ser desleal ao seu partido por prever
chance de vitória do PT na eleição
e selar aliança informal no Ceará
com o PPS de Ciro Gomes.
"Seria mentira e irresponsabilidade, ao discutir um investimento de R$ 500 milhões da Itália no
meu Estado, não admitir que há
chance de vitória do PT", afirmou, referindo-se à revelação de
anteontem do jornal "Valor".
Tasso disse ontem que, ao conversar na última terça-feira em
Brasília com autoridade italianas,
falou que Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) poderia vencer a eleição devido ao "crescimento medíocre"
do Brasil nos últimos dez anos,
período em que os tucanos comandam a economia.
"O Brasil teve, sim, um crescimento medíocre, para um país
acostumado a altas taxas de crescimento. Isso ocorreu com toda a
América Latina, que seguiu cartilha que a prejudicou e só beneficiou os países ricos", afirmou Tasso, "contextualizando a análise"
devido ao desconforto que ela
causou ao presidente Fernando
Henrique Cardoso e Serra.
Em relação a Ciro, Tasso afirmou que foi explícito em conversa com FHC na noite de terça,
quando tiveram a primeira conversa a dois após período de estremecimento de sete meses. Tasso
avalia que FHC beneficiou Serra
na disputa tucana.
"Disse que a aliança com Ciro
seria mantida porque há uma ligação forte entre nós, mas meu
candidato a presidente é o do
PSDB, o Serra. Isso não é deslealdade, pelo contrário", afirmou.
No Ceará, o PSDB deverá fazer
aliança informal com o PPS, que
apoiará o candidato de Tasso ao
governo, Lúcio Alcântara. Para o
Senado, Ciro apóia Tasso.
Tasso disse que gostou de Lula
tê-lo agradecido pela previsão,
apesar de também ter dito que o
PT faz promessas irreais e que facilitará a volta do PSDB ao poder.
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