São Paulo, quarta-feira, 08 de junho de 2005

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Alckmin eleva tom de críticas ao PT e diz que explicação foi "pífia"

Rogerio Cassimiro/Folha Imagem
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em inauguração da nova sede do Museu da Energia


VICTOR RAMOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), elevou ontem o tom de suas críticas com relação às denúncias sobre o "mensalão". Alckmin afirmou que as explicações dadas pelo governo federal até agora foram "pífias" e, ao comentar sobre o fato de o PT ter condicionado uma CPI sobre o caso à investigação também sobre o período FHC, o governador disse que o assunto não "deve ser objeto de troca".
O governador paulista voltou a cobrar explicações por parte do presidente Lula. Para ele, "é óbvio que [o governo federal] já deveria ter esclarecido. Com um fato dessa gravidade, a prestação de contas é obrigatória: rápida, clara e objetiva".
"Acho que não há nenhuma dúvida da necessidade da CPI, até pela extensão das denúncias. Uma coisa que parecia ser pontual acabou tendo dimensão muito maior." Alckmin afirmou que "não cabe ao governo abafar. E não cabe à oposição transformar isso em luta eleitoral".
Depois de pedir "tranqüilidade" em relação ao caso, Alckmin evitou falar em crise de credibilidade. Sobre a possibilidade de impeachment de Lula, disse que não iria "colocar lenha na fogueira".
Foi quando soube da tática petista de condicionar uma CPI sobre os "mensalões" a uma investigação sobre período maior, que incluiria a gestão FHC, que Alckmin elevou o tom de suas declarações. "Apuração não se faz "se". Apuração se faz por obrigação de prestar contas à sociedade." As declarações foram dadas em São Paulo, durante evento de inauguração do Museu da Energia.


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