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Nos EUA, lei define controle de informações
DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK
A compra de terras nos
EUA por estrangeiros tem
restrições variáveis conforme cada Estado, que podem
abranger do tamanho da propriedade à atividade exercida no local. Como é comum
na legislação americana, a lei
federal para a transação
-em vigor desde 1978- tem
redação genérica.
A lei federal estabelece o
controle do governo sobre
informações da propriedade
que está nas mãos de pessoa
física ou jurídica de outro
país, sem mencionar restrições a fronteiras ou a áreas
estratégicas.
Pela lei, o estrangeiro proprietário de terras fica, então, obrigado a reportar à Secretaria de Agricultura atividades desenvolvidas no local, o valor pago pelo imóvel,
entre outras informações.
Cabe aos Estados optarem
por adicionar ou não restrições à lei federal. Flórida,
Connecticut, Delaware e
Alabama, por exemplo, não
somam nada significativo ao
que ela já disciplina. Já no
Arizona, o estrangeiro pode
possuir terras que não ultrapassem 258,9 hectares, para
pecuária, e 64,7 hectares, para agricultura. Em Nova
York, é proibido que empresa vinda de outro país exerça
atividade de mineração.
Na Geórgia, são vetados
compradores de países que
não mantêm relações de paz
com os EUA. Outros Estados
ainda fazem das restrições
uma arma de reserva de mercado, como Iowa, maior produtor de milho do país, onde
estrangeiro não pode praticar atividades agrícolas.
Invasão estrangeira
A desvalorização do dólar
aumentou o interesse de estrangeiros por terras americanas. "Europeus e japoneses estão comprando muita
terra aqui. Na Flórida, especialmente, compram fazendas e pequenos ranchos para
ter uma segunda casa na
América", disse à Folha Steven Saltman, dono da corretora Land and Farm.
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