|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governador da PB já trocou 4.000 cargos comissionados
José Maranhão empossou uma média de 40 pessoas por dia desde 18 de fevereiro
Peemedebista, que assumiu após a cassação de Cunha Lima, defende nomeações; entre os empossados, está
um parente do governador
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
José Maranhão (PMDB), que
assumiu o governo da Paraíba
há 110 dias, já substituiu mais
de 4.000 pessoas para cargos
comissionados.
As nomeações equivalem a
64% do total de cargos comissionados ocupados na gestão
anterior (6.500), de Cássio Cunha Lima (PSDB), que teve o
mandato cassado. A assessoria
de Cunha Lima disse que ele fez
as nomeações ao longo de seis
anos e dois meses de governo.
Desde 18 de fevereiro, quando assumiu o Estado, Maranhão nomeou 4.132 pessoas,
média de 40 por dia. Entre eles,
está a mulher de um ministro
no Superior Tribunal de Justiça e o filho de um juiz do Tribunal Regional Eleitoral.
O filho de Nadir Valengo, do
TRE, Rafael Valengo, foi nomeado para cargo no palácio.
Após o caso -que não era ilegal- ser noticiado, o governo
anunciou que "o ato foi tornado
sem efeito". Já a mulher do ministro Francisco Falcão, do
STJ, Ana Elizabeth Paraguai, é
assessora técnica na Secretaria
da Articulação Governamental.
Sandra Uchôa de Moura
-mulher de Roberto Cavalcanti (PRB), que assumiu a vaga
deixada por Maranhão no Senado- havia ficado com a gestão do programa de artesanato
paraibano. Mas teria pedido
para ser exonerada após descobrir que seu irmão já havia sido
nomeado para um cargo.
Parente do governador e cunhado da primeira-dama, João
Bosco Teixeira foi nomeado diretor administrativo do Instituto de Previdência da Paraíba.
Para o governo, Teixeira é parente "distante" de Maranhão.
Para a Secretaria de Comunicação, "é impossível, para qualquer governo, conhecer todos
os vínculos de parentesco dos
seus servidores [...]".
O secretário de Administração, Antônio Fernandes Neto,
disse que o "excesso de nomeações foi necessário para suprir
os cargos de servidores exonerados do governo anterior".
Texto Anterior: Outro lado: Renúncia fiscal evita exportação do fumo, diz RS Próximo Texto: Toda Mídia - Nelson de Sá: Lidando com informação Índice
|