São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2004

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POLÍCIA FEDERAL

Baltazar reabriu diálogo com cúpula do órgão

Chefe em SP muda subordinados, mas segue investigado por Brasília

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A decisão do superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Francisco Baltazar da Silva, de promover mudanças em suas chefias imediatas foi suficiente para restabelecer o diálogo com a cúpula do órgão, mas não para suspender as investigações -conduzidas por setores estratégicos, como a Corregedoria e a Inteligência- sobre sua conduta.
Embora sem o apoio do Planalto e com seu desempenho sendo questionado na PF, não há data para Baltazar deixar a função - que assumiu em 2003 na cota pessoal do presidente Lula, de quem foi coordenador da equipe de segurança em quatro eleições.
A Operação Anaconda, deflagrada em 2003 fragilizou o relacionamento de Baltazar com o Planalto. O setor de Inteligência da PF em Brasília desarticulou uma quadrilha que vendia sentenças judiciais em SP. Fariam parte do grupo homens próximos a Baltazar, como o corregedor Dirceu Bertin e o chefe de passaportes José Augusto Bellini. Ele foi citado em diálogos da quadrilha.
Desde então, o setor de Inteligência investiga Baltazar. Novas operações, como a Gatinho, que prendeu o suposto contrabandista Law Kim Chong, corroboraram as suspeitas.Afirma-se que há "indícios", mas não "provas".
Anteontem, o diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, conversou com Baltazar sobre as alterações em São Paulo. A interlocutores, disse ter ficado feliz, pois a troca permitiria um relacionamento melhor entre São Paulo e Brasília.
Na sexta, Baltazar destituiu sete delegados de cargos de confiança. Os substitutos foram escolhidos com Lacerda. Três outros remanejamentos aguardam avaliação.
Apesar de al superintendência diz que o rodízio é "um procedimento normal e rotineiro" e não é motivado por investigações. (IURI DANTAS)


Colaborou a Reportagem Local

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