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Pizzolato será próximo a deixar BB
LEONARDO SOUZA
MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O diretor de Marketing do Banco do Brasil, o petista Henrique
Pizzolato, será o próximo a deixar
a instituição, depois das baixas de
dois vice-presidentes anteontem.
O nome de Pizzolato está desgastado desde o ano passado, quando esteve envolvido diretamente
em dois escândalos ligados ao PT.
Apadrinhado do ministro Luiz
Gushiken (Comunicação de Governo e Gestão Estratégica), o diretor de Marketing do BB tem dito a amigos que está de "mal com
o mundo" e que sua saída do banco é questão de dias. Muitos petistas de alto escalão torcem e trabalham por sua demissão, inclusive
ocupantes de cargos na Esplanada dos Ministérios.
O fiador de Pizzolato nos últimos meses tem sido o ministro
Gushiken, que anteontem colocou o cargo à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um dos patrocínios concedidos
pelo BB no primeiro semestre do
ano passado beneficiou o governo
de Zeca do PT (MS), organizador
do Festival América do Sul. O
evento, realizado em Corumbá,
consumiu cerca de R$ 2,5 milhões
da estatal.
O investimento no festival representou 35 vezes mais do que o
valor desembolsado pelo banco
na polêmica compra de ingressos
do show da dupla Zezé Di Camargo & Luciano em julho, numa
churrascaria em Brasília, cuja arrecadação iria para o PT. O BB pagou R$ 73,5 mil em ingressos, mas
teve o dinheiro devolvido.
A negociação do patrocínio do
festival em Mato Grosso do Sul foi
feita pessoalmente entre o governador do Estado e Pizzolato. A decisão da compra dos ingressos do
show da dupla sertaneja também
foi atribuída a ele.
Anteontem, o BB exonerou os
vice-presidentes Edson Monteiro
(Varejo) e Luis Eduardo Franco
de Abreu (Finanças). A assessoria
do BB negou ontem que as exonerações tivessem relação com os
empréstimos que o banco concedeu ao PT. A instituição emprestou ao partido do presidente Lula
R$ 20 milhões, entre 2003 e 2004.
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