DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Informado por líderes governistas na Câmara de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva queria recebê-lo hoje para discutir a reforma, Severino Cavalcanti (PP-PE), presidente da Câmara, recusou a oferta dizendo não ter como desmarcar compromissos em Pernambuco, seu reduto eleitoral.
"Passei todo esse tempo aqui e ninguém me chamou para nada. E, afinal de contas, me elejo por lá [Pernambuco]", justificou.
Pivô do episódio usado como argumento para barrar a entrada do PP no ministério, há alguns meses, Severino deve se encontrar com Lula na segunda para discutir, mais uma vez, qual ministério será dado para o PP -possivelmente Esportes.
"Senti que não devemos nos antecipar a nada. Nesse governo, tem que esperar o ato realizado", afirmou em resposta à pergunta sobre se estaria mais cauteloso.
Em abril, Severino disse em um evento que se o governo não nomeasse "logo" como ministro o deputado Ciro Nogueira (PI), um de seus mais próximos aliados, o PP iria para a oposição.
Resistente a mudanças ministeriais naquela ocasião, Lula usou a ameaça de Severino para cancelar a maior parte da reforma cogitada.
Severino não quis dizer se continua defendendo o nome de Nogueira para o ministério, dizendo que não apoiará ninguém que não tenha o aval da bancada, com quem ele pretende ainda se reunir. (RANIER BRAGON)


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