São Paulo, sábado, 08 de julho de 2006

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Lula reincide em erro ao dar cargos ao PMDB, diz Alckmin

Tarso defende Lula e vê "incoerência" em tucano

DA AGÊNCIA FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, criticou ontem, em Barreiras (805 km de Salvador), a distribuição de cargos nos Correios ao PMDB pelo governo federal e disse que ela não será revertida em votos para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Estive em Florianópolis, Pernambuco e Mato Grosso do Sul e vi que os peemedebistas não aceitam o loteamento de cargos", declarou.
Mais cedo, em Cuiabá -onde acompanhou o velório de Dante de Oliveira, ex-governador de Mato Grosso que morreu na noite de anteontem-, Alckmin disse que é "lamentável" o loteamento de cargos pelo governo Lula. "Isso é uma prova de que o PT não tem conserto e de novo loteia cargos para ganhar as eleições", afirmou. "É reincidir no mesmo erro. O PT não aprende com a crise. Ele hoje está usando uma política atrasada de troca-troca e que não se aceita mais nem nos rincões brasileiros. Lamentável que ainda exista isso."
Anteontem, o "Diário Oficial" da União publicou a indicação do novo presidente dos Correios e de três diretores, todos ligados à bancada do PMDB no Senado. A nomeação de mais três diretores deve sair nos próximos dias.
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) defenderam ontem as nomeações para os Correios. De um lado, Dilma chamou de "ilações" e de "crítica eleitoral" os ataques da oposição. Do outro, Tarso disse que os ataques de Alckmin "demonstram total incoerência", já que ele tentou conquistar o mesmo PMDB.
Responsável pela coordenação política, Tarso defende a aliança com o PMDB como forma de montar uma coalizão para confrontar a aliança entre PSDB e PFL.
"Os nomes [indicados] são absolutamente de competência do ministro [Hélio Costa], foram discutidos com o governo. Nós não vemos nenhum outro problema. Estão querendo construir em cima da questão dos Correios um problema que não existe", disse Dilma.
De acordo com ela, os indicados pelos partidos devem ser avaliados por sua capacidade profissional, e não pela legenda que o nomeou.

PFL e PSDB
Alckmin foi recebido às 17h40 no aeroporto de Barreiras por representantes do PFL e do PSDB, que ficaram em alas separadas.
Na disputa para cumprimentar o ex-governador de São Paulo, os pefelistas levaram vantagem -o senador Antonio Carlos Magalhães (BA) foi o primeiro a abraçar Alckmin na descida do avião.
Depois do aeroporto, Alckmin seguiu para um encontro com o prefeito Saulo Pedrosa (PSDB) e, mais tarde, participaria de um encontro com pefelistas em um hotel na cidade.


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