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Lula reincide em erro ao dar cargos ao PMDB, diz Alckmin
Tarso defende Lula e vê "incoerência" em tucano
DA AGÊNCIA FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O candidato à Presidência
pelo PSDB, Geraldo Alckmin,
criticou ontem, em Barreiras
(805 km de Salvador), a distribuição de cargos nos Correios
ao PMDB pelo governo federal
e disse que ela não será revertida em votos para o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
"Estive em Florianópolis,
Pernambuco e Mato Grosso do
Sul e vi que os peemedebistas
não aceitam o loteamento de
cargos", declarou.
Mais cedo, em Cuiabá -onde
acompanhou o velório de Dante de Oliveira, ex-governador
de Mato Grosso que morreu na
noite de anteontem-, Alckmin
disse que é "lamentável" o loteamento de cargos pelo governo Lula. "Isso é uma prova de
que o PT não tem conserto e de
novo loteia cargos para ganhar
as eleições", afirmou. "É reincidir no mesmo erro. O PT não
aprende com a crise. Ele hoje
está usando uma política atrasada de troca-troca e que não se
aceita mais nem nos rincões
brasileiros. Lamentável que
ainda exista isso."
Anteontem, o "Diário Oficial" da União publicou a indicação do novo presidente dos
Correios e de três diretores, todos ligados à bancada do PMDB
no Senado. A nomeação de
mais três diretores deve sair
nos próximos dias.
A ministra Dilma Rousseff
(Casa Civil) e o ministro Tarso
Genro (Relações Institucionais) defenderam ontem as nomeações para os Correios. De
um lado, Dilma chamou de "ilações" e de "crítica eleitoral" os
ataques da oposição. Do outro,
Tarso disse que os ataques de
Alckmin "demonstram total incoerência", já que ele tentou
conquistar o mesmo PMDB.
Responsável pela coordenação política, Tarso defende a
aliança com o PMDB como forma de montar uma coalizão para confrontar a aliança entre
PSDB e PFL.
"Os nomes [indicados] são
absolutamente de competência
do ministro [Hélio Costa], foram discutidos com o governo.
Nós não vemos nenhum outro
problema. Estão querendo
construir em cima da questão
dos Correios um problema que
não existe", disse Dilma.
De acordo com ela, os indicados pelos partidos devem ser
avaliados por sua capacidade
profissional, e não pela legenda
que o nomeou.
PFL e PSDB
Alckmin foi recebido às
17h40 no aeroporto de Barreiras por representantes do PFL
e do PSDB, que ficaram em alas
separadas.
Na disputa para cumprimentar o ex-governador de São
Paulo, os pefelistas levaram
vantagem -o senador Antonio
Carlos Magalhães (BA) foi o
primeiro a abraçar Alckmin na
descida do avião.
Depois do aeroporto, Alckmin seguiu para um encontro
com o prefeito Saulo Pedrosa
(PSDB) e, mais tarde, participaria de um encontro com pefelistas em um hotel na cidade.
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