|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
REPERCUSSÃO
Qual será o impacto político do acordo com o FMI?
AÉCIO NEVES (PSDB-MG), presidente da Câmara:
"Não há como negar que esse
acordo nos dá tranquilidade para
a transição, o que interessa a qualquer que seja o próximo presidente. Essa é uma oportunidade
para avaliarmos com clareza
quais candidatos estão fugindo de
patrulhamento e quais já estão assumindo o compromisso de que o
acordo é bom".
RAMEZ TEBET (PMDB-MS), presidente do Senado:
"Cada candidato tem que olhar
os interesses do país. O presidente
Fernando Henrique Cardoso não
pediu nada do Congresso em relação ao acordo, mas, se for necessário, vou chamar os parlamentares para colaborar".
JOSÉ ALENCAR (PL-MG), candidato
a vice-presidente na chapa do petista Luiz Inácio Lula da Silva:
"Caso o Lula seja eleito -e
acredito que vai-, vai acontecer
o seguinte: tudo isso que vamos
receber não é compromisso do
presidente Fernando Henrique
Cardoso. É do país. Qualquer um
que for eleito terá que honrar. A
própria Carta ao Povo Brasileiro,
divulgada pelo Lula, disse que os
compromissos serão honrados.
Os candidatos só podem dar aval
simbólico. O aval é óbvio, porque
os compromissos são do Brasil".
JOSÉ ANÍBAL, presidente do PSDB:
"O acordo não é favorável a esse
ou àquele candidato, transcende
circunstâncias políticas. É favorável ao Brasil porque reduz a turbulência e podemos até retomar
linhas de crédito para as exportações. Espero que todos os candidatos manifestem seu apoio. Mas
posso dizer que o José Serra é o
único que desde o início da campanha deixa claro ser favorável ao
ajuste macroeconômico, que inclui o acordo com o FMI".
JORGE BORNHAUSEN (PFL-SC), presidente nacional do PFL:
"Acho que foi muito bom para o
Brasil. Permite uma tranquilidade
para o final do mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso e dá condições para o próximo
presidente implementar seu plano de governo com retaguarda,
para poder fazer as reformas que
o plano exigir já no primeiro semestre de 2003".
ANTONIO CARLOS MAGALHÃES
ex-senador baiano (PFL):
"Não há nada que favoreça o
candidato do governo, até porque
o povo que vota não está sabendo
do FMI. O FMI é um problema
para os banqueiros, para nós, da
elite. O povão não sabe o que é".
LUIZ GONZAGA BELLUZZO professor
titular de Economia da Unicamp:
"O acordo dá sossego para fazer
um debate eleitoral mais tranquilo, sem o terrorismo da argentinização. Se houver um ganho de otimismo, se a economia voltar a rodar, pode favorecer o candidato
do governo. No entanto, esse tipo
de medida demora para aparecer
no dia-a-dia das pessoas. Uma
coisa é o que ocorre no nível das
pessoas que decidem, outra coisa
é o que se passa entre a população
em geral".
ORESTES QUÉRCIA, candidato do
PMDB ao Senado por São Paulo:
"Acredito que o acordo vai dar
uma tranquilidade para o país durante as eleições. Para o governo,
o acordo foi muito bom. Demonstrou força e, de certa forma,
fortalece o candidato governista".
DEPUTADO MOREIRA FERREIRA
(PFL-SP), ex-presidente da CNI
(Confederação Nacional da Indústria):
"Acho importante para acabar
com a turbulência e dar governabilidade à transição. Seja quem
for eleito, vai assumir em condições melhores para governar".
SENADOR ROMERO JUCÁ (PSDB-RR),
vice-líder do governo no Senado:
"O acordo vai beneficiar mais o
próximo presidente, porque até
US$ 24 bilhões estarão disponíveis para o próximo governo. Isso
garante capacidade de pagamento em dólares, o que evita qualquer tipo de especulação no início
do próximo governo".
Texto Anterior: Transição: Lula aprova acordo com FMI, mas culpa governo pela crise Próximo Texto: Medo da oposição era aumento dos juros Índice
|