São Paulo, terça-feira, 08 de agosto de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / SÃO PAULO

Serra, Mercadante e Quércia admitem ajuda do Exército

Candidato do PSDB ao governo de SP aceita uso de militares na vigilância de presídios

Petista sugere colaboração na área de inteligência; peemedebista afirma que Forças Armadas poderiam proteger prédios públicos


DA REPORTAGEM LOCAL

Os três principais candidatos ao governo de São Paulo -José Serra (PSDB), Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB)- dizem aceitar a ajuda do Exército no combate ao crime organizado e ao PCC.
Serra -que lidera a disputa estadual, segundo o Datafolha- circunscreve o uso do Exército aos presídios estaduais. "O secretário da Segurança [Saulo de Castro Abreu Filho] propôs que o Exército guardasse as muralhas das prisões, liberando muitos PMs para o trabalho de rua. Essa é uma coisa que poderia ser feita."
Sobre outras iniciativas do governo federal, Serra disse: "[Vou aceitar ajuda] como o atual governo [paulista] tem aceito, quando é ajuda de verdade, vagas em presídios federais, sem problema nenhum. Há outras, como combater o contrabando de armas e de drogas, que tem feito pouco, ou então encaminhando efetivamente os recursos para São Paulo, que foram comprimidos".
Desde o começo da crise da segurança, Serra tem dito que só aceitaria ajuda federal se "fosse pra valer" e que seria preciso saber exatamente o que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva pretendia ofertar, para que não se repetissem "as farsas que aconteceram [nas intervenções federais] no Espírito Santo e no Rio de Janeiro".
Mercadante, que defende desde o começo da crise o estabelecimento de uma força-tarefa que integre governos federal e estadual, disse que o Exército seria bem-vindo, mas não foi preciso quanto à utilização. "Primeiramente para apoio logístico e na área de inteligência. Num segundo momento, se houvesse necessidade, não teria problemas em recorrer ao Exército para ajudar a desbaratar o crime organizado."
O ex-governador Orestes Quércia (PMDB) afirmou que as Forças Armadas poderiam ser utilizadas para proteger prédios públicos, presídios e delegacias. "Isso é o governador quem tem de saber, mas acho que é preciso [receber] essa ajuda". (ROGÉRIO PAGNAN, LEANDRO BEGUOCI, MATHEUS PICHONELLI)


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