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ELEIÇÕES 2006 / SÃO PAULO
Serra, Mercadante e Quércia admitem ajuda do Exército
Candidato do PSDB ao governo de SP aceita uso de militares na vigilância de presídios
Petista sugere colaboração na área de inteligência; peemedebista afirma que Forças Armadas poderiam proteger prédios públicos
DA REPORTAGEM LOCAL
Os três principais candidatos
ao governo de São Paulo -José
Serra (PSDB), Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia
(PMDB)- dizem aceitar a ajuda do Exército no combate ao
crime organizado e ao PCC.
Serra -que lidera a disputa
estadual, segundo o Datafolha- circunscreve o uso do
Exército aos presídios estaduais. "O secretário da Segurança [Saulo de Castro Abreu
Filho] propôs que o Exército
guardasse as muralhas das prisões, liberando muitos PMs para o trabalho de rua. Essa é uma
coisa que poderia ser feita."
Sobre outras iniciativas do
governo federal, Serra disse:
"[Vou aceitar ajuda] como o
atual governo [paulista] tem
aceito, quando é ajuda de verdade, vagas em presídios federais, sem problema nenhum.
Há outras, como combater o
contrabando de armas e de drogas, que tem feito pouco, ou então encaminhando efetivamente os recursos para São Paulo,
que foram comprimidos".
Desde o começo da crise da
segurança, Serra tem dito que
só aceitaria ajuda federal se
"fosse pra valer" e que seria
preciso saber exatamente o que
o governo de Luiz Inácio Lula
da Silva pretendia ofertar, para
que não se repetissem "as farsas que aconteceram [nas intervenções federais] no Espírito Santo e no Rio de Janeiro".
Mercadante, que defende
desde o começo da crise o estabelecimento de uma força-tarefa que integre governos federal e estadual, disse que o Exército seria bem-vindo, mas não
foi preciso quanto à utilização.
"Primeiramente para apoio logístico e na área de inteligência.
Num segundo momento, se
houvesse necessidade, não teria problemas em recorrer ao
Exército para ajudar a desbaratar o crime organizado."
O ex-governador Orestes
Quércia (PMDB) afirmou que
as Forças Armadas poderiam
ser utilizadas para proteger
prédios públicos, presídios e
delegacias. "Isso é o governador
quem tem de saber, mas acho
que é preciso [receber] essa
ajuda".
(ROGÉRIO PAGNAN, LEANDRO BEGUOCI, MATHEUS PICHONELLI)
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